22 de jun. de 2012

PRIMEIRO DIA DA SEMANA

“Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: ‘Quem és tu?’; pois sabiam que era o Senhor” (Jo 21,12).
O guru estava meditando à beira do rio sagrado, e o jovem discípulo o importunava com perguntas, pois queria saber como encontrar Deus. O homem santo o tomou pelo pescoço e deu-lhe um bom “caldo”, segurando o rosto do rapaz na água por um “tempinho”... Quando foi solto, o pobre “caçou” ar com toda a sofreguidão. Isto deu a “deixa” que o guru desejava, ensinando:
“No dia em que procurares a Deus como procuraste este ar, tu O encontrará”.
Preparação: como de costume, preparo-me para contemplar mais um Mistério de Jesus Ressuscitado. Depois de algum breve exercício de pacificação, percebendo diante de quem o Espírito me coloca, com amor acolho a Presença. Rezo, então, a oração preparatória.
Faço memória do relato da aparição de Jesus às mulheres na sepultura em Mateus 28,8-10.
Uso os olhos da imaginação, para me ver naquele primeiro dia da semana, testemunhando o diálogo das discípulas com os anjos anunciadores.
Peço o que quero aqui: a graça de sentir a alegria verdadeira com a alegria do Ressuscitado, que me leva a viver no Espírito, como pessoa ressuscitada, na convicção de que, com Ele e como Ele e por Ele, vencerei os desafios da vida e chegarei à Vida Plena.
Conforme sinto o meu coração, revigorado na paz e na alegria da fé em Cristo, ou sentindo o frio da morte ainda, abro-me ao Coração dele, o vencedor da morte e de todo o mal.
Meditação:
Empenhe-se agora em “ver” como João viu... Enquanto sentia frio e fadiga, trabalhando com os outros, enxergou o vulto na praia, ouviu sua voz dizendo que jogassem as redes outra vez para o outro lado... Um trabalho interior acontecia nele, e, além do que poderia ver, escutar, sentir e observar naquela lua ainda indecisa da aurora, viu o invisível, reconheceu a Pessoa, a Presença, Ele, o Amigo, o Ressuscitado, Jesus Cristo...
Deixe-se estar com João e com os outros... Partilhe, sem pudores nem temores, a mesma comunhão... Partilhe o alimento que as mãos de Jesus, “o-que-serve”, distribuem... Saboreie...Caia na conta do que sente... Reze a partir do que sente... sem pressa de ir adiante...
Testemunhe o olhar e o afeto entre Jesus e Pedro... como o discípulo é restaurado com toda a confiança, e feito pastor supremo das ovelhas do Bom Pastor... Ouça-os... Perceba a linguagem do amor  que atinge a todos nós: “Cuida das minhas ovelhas!”

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