10 de jun. de 2012

PENDURADO NA CRUZ

“Deus Santo, Deus Forte, Deus imortal, tem piedade de nós!”
Preparo-me para esta hora de oração pessoal. Pergunto-me: “O que vou fazer?”. Acolho a presença do meu Salvador na orla do seu Espírito, o Espírito do Pai. Não estou só: invoco o divino Espírito e rezo a minha oração.
Vou ao Calvário, fazendo-me presente à cena de crueldade: Ele está crucificado, pendendo do alto da Cruz, totalmente exposto à nossa malícia e à nossa maldade; estamos todos lá: a soldadesca, os líderes, os curiosos, os que gostamos de espetáculos sangrentos, os passantes indiferentes, apenas curiosos...
O Senhor diz a nós e ao Pai: “Tudo está consumado!” – Tudo está feito! – Tudo está feito e benfeito: perfeito!
Finalmente! “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!”.
O grande e último brado: Ele vence a morte com amor! Crucificados morrem sufocados! O único que morreu com um grito assim foi Ele, o Bom Jesus vencedor! Adoro!
Parece que as trevas venceram a Luz: “o sol se escureceu!”. Mas, na verdade, as lajes dos nossos sepulcros se racham e abrem espaço para um povo de ressuscitados: a Luz de um Amor inexplicável rompe o véu do Templo, seu Corpo Morto. Tremo e adoro!
Prostro-me em adoração e arrependimento. Fico em silêncio. Basta.
Posso demorar-me neste silêncio, com a mais profunda e imensa gratidão que o Espírito me conceder. Ele é o meu Senhor, reduzido por mim a um verme esmagado, ferido, sangrento, silenciado por uma morte cruel e injusta...
Posso também abrir o meu coração e gritar ou sussurrar o que ele me disser. Nas mãos dele me entrego com Jesus!
Meditação:
“Senhor, dá-me um coração novo, capaz de compaixão, capaz de sofrer porque meu irmão sofre, porque nossa impiedade desumana pode fazer uma coisa destas contigo, meu Jesus!”
Olhe o seu grande coração para ver o que ele crê: crê que este corpo é a relíquia sagrada do seu “grande Deus e Salvador, Cristo Jesus” (Tt 2,13)? Interessa-lhe crer num Deus feito tão verdadeiramente carne que desceu à “casa dos mortos”? adora você o Deus feito carne, que obedeceu até a morte na Cruz.

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