19 de jun. de 2012

AS CRIANÇAS DA PRAÇA

“Tocamos músicas alegres, e vocês não dançaram! Cantamos canções tristes, e vocês não choraram!” (Lc 7,31-32).
Sensações do Corpo:
Sentir o contato do vestido no ombro. As costas contra o espaldar da cadeira. As mãos. Os músculos contra a cadeira. As solas dos pés tocando os sapatos. O estar sentado. SENTIR estas sensações, não pensá-las.
Passa de uma percepção à outra ou de uma área do corpo já indicada a qualquer outra.
Pôr-se em contato consigo mesmo para pôr-se em contato com Deus. Entra em tua própria casa. O maior obstáculo para orar é a tensão nervosa. Este exercício proporciona relaxamento. Ajuda a manter-se ereto, sentado na cadeira. Os olhos: fechados ou quase (fitos num lugar a 3 metros de distância).
Pedimos aqui, a Ressurreição, a graça de sentir intensa e profunda alegria por tanta glória e tanto gozo de Cristo nosso Senhor. A glória é a do amor que desceu ao mais profundo do sofrimento e da morte, vítima da brutalidade do nosso pecado, e triunfou: está vivo e já não morre mais (Ap 1,18). Gozo porque, Jesus alcançou para nós a passagem pelas portas de ferro da morte. “ Morte, onde está tua vitória?” (1Cor 15,55). No entanto, ficamos vacilando em torno do túmulo das nossas tristezas passadas, das saudades, das perdas, das cruzes, como Maria Madalena e as outras discípulas, ou trancados em medo e amargura como os apóstolos; ou procurando “uma casa de campo”, como os discípulos de Emaús.
Crianças são naturalmente egoístas. Jesus comparou a nossa geração com crianças na praça. Centrados em nós mesmos, parecemos com “aquelas crianças nas praças que gritam umas às outras: “Tocamos músicas alegres, e vocês não dançaram! Cantamos canções tristes, e vocês não choraram!”” (Lc 7,31-32).
Lembrete:
“Todas as chagas (produzidas pelas pontas armadas das correias, provavelmente duas em cada flagelo) têm a mesma forma de minúsculo halter de 3cm. Os dois círculos representam as balas de chumbo. A haste média é o vestígio da correia”.
Os Evangelistas não tecem a pormenores a respeito da flagelação de Jesus. São extremamente sóbrios. Seus leitores eram contemporâneos de numerosas flagelações públicas (várias foram suas vítimas!), e tinham impressos na memória o ruído mais e mais sanguinolenta. Lucas nem explica a flagelação. Fala de “castigo”. Porém, lembramos que, ressuscitou e é nosso Rei e Deus.

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