30 de nov. de 2011

A ORAÇÃO DAS CRIANÇAS

Um dia, Mulá Nasrudin viu o mestre-escola da aldeia levando um grupo de crianças para a mesquita.
- Para que as está levando lá? - perguntou.
- Há uma seca no país - disse o professor - e cremos que os clamores dos inocentes comoverão o coração do Todo-Poderoso.
- Não são os clamores, quer sejam inocentes quer criminosos, que contam - disse o Mulá - mas a sabedoria e o conhecimento.
- Como ousa fazer tal afirmação blasfema em presença destas crianças? - exclamou o professor.
Prove o que disse ou será denunciado como herege.
É muito fácil - disse Nasrudin.
Se as orações das crianças valessem para alguma coisa não haveria um mestre-escola em todo o país, pois não há nada que elas detestem tanto quanto ir à escola. A razão de você ter sobrevivido a essas orações é que nós, que sabemos mais do que as crianças, o mantivemos onde está.

29 de nov. de 2011

A RESPOSTA ATRASADA DE LAKSHMI

Não adianta termos nossas preces ouvidas,
Se não forem ouvidas na ocasião certa:
Na Índia antiga dava-se muito valor aos ritos védicos, considerados tão científicos que quando os sábios rezavam para chover nunca havia seca. Foi assim que um homem pôs-se a rezar, conforme esses ritos, à deusa da riqueza, Lakshmi, implorando-lhe que o fizesse rico.
Rezou sem resultado durante dez longos anos, depois dos quais, percebeu de repente a natureza ilusória da riqueza e abraçou a vida de um desprendido no Himalaia.
Um dia, estava sentado em meditação, quando abriu os olhos e viu diante de si uma mulher extraordinariamente bela, brilhante e reluzente, como se fosse feita de ouro.
- Quem é você e o que está fazendo aqui? - perguntou.
- Sou a deusa Lakshmi a quem você entoou hinos durante doze anos - disse a mulher. - Apareci para conceder-lhe seu desejo.
- Ah, minha querida deusa - exclamou o homem - de lá para cá alcancei a graça da meditação e perdi o desejo da riqueza. Você chegou tarde demais. Diga-me, por que demorou tanto para vir?
- Para dizer a verdade - respondeu a deusa -, dada a natureza daqueles ritos que você realizava com tanta fidelidade, você merecera plenamente a riqueza. Mas, em meu amor por você meu desejo pelo seu bem-estar, não a dispensei.
Se tivesse escolha,
o que escolheria:
a concessão de seu pedido
ou a graça de estar em paz
quer ele fosse, quer não fosse concedido?

28 de nov. de 2011

PODE A ORAÇÃO CONTROLAR O TEMPO?

Uma mulher idosa, entusiasta da jardinagem, declarou que não acreditava de forma alguma nas previsões de que algum dia os cientistas aprenderiam a controlar o tempo. Ela achava que tudo que era necessário para controlar o tempo era a oração.
Então, em um verão, enquanto estava viajando pelo exterior, uma seca atingiu o país e destruiu completamente seu jardim. Ficou tão transtornada quando voltou, que mudou de religião.
Deveria ter mudado suas crenças tolas.

27 de nov. de 2011

O LUGAREJO SEMPRE RECEBIA AJUDA

O sacerdote do lugarejo era um santo homem, por isso todas as vezes que· as pessoas tinham problemas recorriam a ele. Então ele se retirava para um lugar especial na floresta e fazia uma oração especial. Deus sempre ouvia suas preces e o lugarejo recebia ajuda.
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26 de nov. de 2011

NARADA CARREGA UMA TIGELA DE LEITE

o sábio indiano, Narada, era devoto do Senhor Hari. Tão grande era sua devoção que um dia foi tentado a pensar que em todo o mundo não havia ninguém que amasse mais a Deus do que ele.
O Senhor leu seu coração e disse:
- Narada, vá a esta cidade às margens do Gangis, pois lá mora um de meus devotos. Morar em companhia dele lhe fará bem.
Narada foi e encontrou um lavrador que se levantava cedo, pronunciava o nome de Hari apenas uma vez, então erguia o arado e ia para os campos onde trabalhava o dia todo. Pouco antes de cair no sono à noite, pronunciava o nome de Hari mais uma vez. Narada pensou: "Como pode este rústico ser devoto de Deus? Vejo-o imerso o dia todo em seus afazeres mundanos".
Então o Senhor disse a Narada:
- Encha uma tigela até a borda com leite e ande por toda a cidade. Então, volte, sem derramar uma gota sequer. Narada fez como lhe fora ordenado.
- Quantas vezes se lembrou de mim, enquanto caminhava pela cidade? - perguntou o Senhor.
- Nem uma única vez, Senhor - disse Narada
- Como poderia, quando o senhor me ordenou que tomasse cuidado com aquela tigela de leite?
Disse o Senhor:
- Aquela tigela absorveu tanto sua atenção, que se esqueceu completamente de mim. Mas veja aquele camponês que, embora sobrecarregado com os cuidados de sustentar uma família, lembra-se de mim duas vezes por dia.

25 de nov. de 2011

A PROFISSÃO DE DEUS É PERDOAR

É costume entre os católicos confessar os pecados a um sacerdote e receber dele a absolvição, como sinal do perdão de Deus. Ora, sempre há o perigo de que os penitentes usem isso como uma espécie de garantia, um certificado que os protegerá do castigo divino, confiando mais na absolvição do sacerdote do que na misericórdia divina.
É isso que Perugini, pintor italiano da Idade Média, estava tentando fazer quando estava morrendo. Decidiu que não iria se confessar se, com medo, estivesse tentando salvar a pele. Isso seria um sacrilégio e um insulto a Deus.
Sua· esposa, que não sabia nada da disposição interior dele, perguntou-lhe, certa ocasião, se não temia morrer sem se confessar. Perugini respondeu:
- Veja as coisas deste modo, minha cara: minha profissão é pintar e me sobressaí como pintor. A profissão de Deus é perdoar e, se ele for tão bom em sua profissão quanto fui na minha, não vejo razão alguma para ter medo.

24 de nov. de 2011

A ORAÇÃO DO ALFABETO

Como hassídico:
Tarde da noite, um pobre lavrador no caminho de volta do mercado viu-se sem o livro de orações. A roda da carroça tinha se soltado justo no meio da floresta e ele estava aflito porque o dia ia se acabar sem que tivesse feito suas orações.
Por isso, esta é a oração que fez: "Fiz uma coisa muito imprudente, Senhor. Esta manhã saí de casa sem meu livro de orações e minha memória é tal que não consigo dizer uma única oração sem ele. Por isso, eis o que vou fazer: recitarei cinco vezes o alfabeto, bem devagar e o Senhor, que conhece todas as orações, poderá juntar as letras para formar as orações que não consigo lembrar".
E o Senhor disse a seus anjos: "De todas as orações que ouvi hoje, essa foi, sem dúvida, a melhor, porque veio de um coração simples e sincero". 

23 de nov. de 2011

A ORAÇÃO DO SAPATEIRO

Um sapateiro veio ao Rabino Issac de Ger e disse: - Diga-me o que fazer na minha oração matinal. Meus fregueses são homens pobres que só têm um par de sapatos. Apanho seus sapatos no fim da tarde e trabalho neles a maior parte da noite; de madrugada ainda há trabalho a ser feito, para os homens terem os sapatos consertados antes de irem trabalhar. Agora minha pergunta é: o que devo fazer na minha oração da manhã?
- O que tem feito até agora? perguntou o rabino.
- Às vezes, faço a oração rapidamente e volto ao trabalho, mas aí sinto-me mal por causa disso. Outras vezes, deixo passar a hora da oração. Então, também tenho uma sensação de perda e, de vez em quando, ao levantar o martelo dos sapatos, quase posso ouvir meu coração suspirar: "Que azarado sou, pois não consigo fazer minha oração da manhã". Respondeu o rabino:
- Se eu fosse Deus, valorizaria mais esse suspiro do que a oração. 

22 de nov. de 2011

TRANSFORME-SE EM FOGO

De As vidas dos patriarcas do deserto:
O Abade Lá chegou-se ao Abade José e disse: "Padre, conforme minha capacidade mantenho minha regrinha e meu jejunzinho, minha oração, minha meditação, meu silêncio contemplativo; e, conforme posso, purifico meu coração de maus pensamentos. O que mais devo fazer?"
Em resposta, o então ancião levantou-se. Estendeu a mão para o céu e os dedos ficaram semelhantes a dez lâmpadas de fogo. Disse ele: "Isto: transforme-se completamente em fogo",

21 de nov. de 2011

O INVENTOR

Depois de muitos anos de trabalho, um inventor descobriu a arte de fazer fogo. Levou as ferramentas às regiões do norte cobertas de neve e ensinou a uma tribo a arte - e as vantagens - de se fazer fogo. As pessoas ficaram tão absortas nessa novidade que não se lembraram de agradecer ao inventor, que foi embora de mansinho. Sendo um daqueles raros seres humanos dotados de nobreza, não tinha nenhum desejo de ser lembrado ou reverenciado; tudo o que queria era a satisfação de saber que alguém se beneficiara com sua descoberta.
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20 de nov. de 2011

A ORAÇÃO DO DEVOTO DE VISHNU

Oração de um devoto do Senhor Vishnu:
"Senhor, peço-lhe que me perdoe por três pecados capitais: primeiro, fui em peregrinação a seus muitos santuários, esquecido de sua presença em toda parte; segundo, muitas vezes lhe pedi socorro, esquecendo-me de que o senhor está mais preocupado do que eu com meu bem-estar; e, finalmente, aqui estou pedindo perdão, quando sei que nossos pecados são perdoados antes que os cometamos".

PROFESSORES SÃO PROEZAS

O professor é uma pessoa muito importante. Quase sempre, ele ensina o aluno mais do que os próprios pais. Um bom professor influencia um jovem para toda a eternidade. As palavras dele dão a vocação da vida para muitos. Ele ensina seus discípulos a viver e não somente a ganhar conhecimento.
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19 de nov. de 2011

PÉS APONTADOS PARA MECA

Um santo sufi partiu em peregrinação a Meca. Nos arredores da cidade, deitou-se à beira da estrada, exausto pela viagem. Mal caíra no sono, foi acordado bruscamente por um irritado peregrino:
- Esta é a hora em que todos os crentes inclinam as cabeças em direção a Meca e você está com os pés apontando para o santo santuário. Que espécie de muçulmano é você?
O sufi não se mexeu; apenas abriu os olhos e disse:
 - Irmão, poderia fazer o favor de colocar meus pés onde não fiquem voltados para o Senhor?

18 de nov. de 2011

A ORAÇAO DO BALÉ

O Mestre sentou-se com os discípulos na platéia.
Disse ele:
- Vocês já ouviram muitas orações e já disseram muitas. Esta noite gostaria que vissem uma oração .
Nesse momento, abriu-se a cortina e o balé começou.

17 de nov. de 2011

O RABINO DANÇARINO

Conto hassídico:
Os judeus de uma cidadezinha russa esperavam ansiosos a chegada de um rabino. Ia ser um raro acontecimento, por isso passaram bastante tempo preparando as perguntas que iam fazer ao santo homem.
Quando finalmente ele chegou e todos se reuniram na prefeitura, o rabino percebeu a tensão no ar enquanto se preparavam para ouvir as respostas que lhes daria.
Em princípio ele não disse nada; apenas olhou-os nos olhos e cantarolou uma obcecante melodia. Logo todos começaram a cantarolar. Começou a cantar e eles o acompanharam. Balançou-se e começou a dançar em pomposos passos ritmados. A congregação seguiu o exemplo. Logo estavam tão envolvidos na dança, tão absortos nos movimentos que esqueceram tudo o mais na terra; dessa maneira, cada pessoa daquele grupo tornou-se inteira, foi purificada da fragmentação interior que nos afasta da Verdade.
Passou-se quase uma hora, antes que a dança se tornasse mais lenta até parar. Exaurida a tensão de seus íntimos, todos se sentaram na paz silenciosa que impregnava a sala. Então o rabino pronunciou suas únicas palavras da noite:
- Creio que respondi às suas perguntas.
Perguntaram a um dervixe por que ele adorava a Deus por meio da dança.
- Porque, respondeu adorar a Deus significa morrer para o ego; dançar mata o ego. Quando o ego morre todos os problemas morrem com ele. Onde não existe ego, existe Amor, existe Deus.

14 de nov. de 2011

ESCRITURAS

A bela história de uma mãe e seus sete filhos. No capítulo sete de Macabeus, vemos a família “perfeita”. Sublinha a idéia que a observância de lei divina é muito mais importante que a vida. O rei Antíoco persegue terrivelmente os Judeus. Ele põe a mãe e os sete filhos na cadeia e, horrivelmente, mata cada um em sucessão. Entre outras desobediências à lei, ele manda que comam porcos (que é contra a lei judaica). A mãe diz “O Senhor Deus vê, e na verdade tem compaixão de nós, como anunciou Moisés pelo cântico que protesta abertamente nestes termos: E ele terá compaixão de seus servos” (2 Mc 7,6). O primeiro filho foi queimado. O rei tirou o coro cabelo, junto com os cabelos, do segundo. Cortou a língua do terceiro. Torturaram o quarto. Mataram o quinto e o sexto. A mãe encorajou os filhos a darem sua vida ao invés de quebrar as leis de Deus. Antes do martírio do sétimo, ela disse: “Eu te suplico, meu filho, olha o céu, olha a terra, contempla todas as coisas que neles existem, e reconhece que Deus as criou do nada e que a humana geração é feita da mesma maneira. Não temas este algoz, mas mostrando-te digno de teus irmãos, aceita a morte, a fim de que eu te encontre com teus irmãos no tempo da misericórdia” (2 Mc 7,28-29). Depois da morte cruel do filho caçula, chegou a vez da mãe.

13 de nov. de 2011

ESCRITURAS

O Segundo Livro de Macabeus, principalmente, fala sobre o Templo de Jerusalém. A teologia é Deuteronomística (o pecado está castigado e o arrependimento traz a salvação). O livro não explica porque os inocentes sofrem, mas dá a idéia de que todo sofrimento é uma conseqüência do pecado. Destaca a idéia de que a cultura dos Gregos não pode acabar com o Judaísmo. A teologia indica que os Gentios (todos os não Judeus) podem ser usados para um castigo de Deus e finalmente, depois de arrependerem-se, são destruídos. A vitória vem por causa do amor de Deus. O livro é nacionalista e relata que os santos podem viver num mundo hostil seguindo as leis de Deus.

SILÊNCIO

O Príncipe queria falar com o seu pai. O Rei estava com a porta fechada. O filho esperou duas horas. Enfim o Rei o recebeu e perguntou: “Meu filho, o que você deseja?”.
Ele respondeu: “Queria falar contigo, mas antes quero falar com quem o senhor estava falando.”. O Rei estava fazendo as suas orações. O discípulo perguntou ao Mestre: “Qual é o melhor caminho para se chegar a Deus?”. O Mestre replicou: “Meditação.”. “O que é Meditação?”, perguntou o discípulo. Meditação é Silêncio; Silêncio é Meditação.
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12 de nov. de 2011

ESCRITURAS

O Primeiro Livro de Macabeus é uma reflexão do Judaísmo contra Helenismo. Antes, no livro de Sirácida (Eclesiástico), o autor queria convencer os jovens da importância da Lei de Moisés e do Deuteoronomismo. O Primeiro Livro de Macabeus foi escrito um século antes do nascimento de Jesus. Os Macabeus entraram numa guerra porque Antíoco IV Epífanes começaram as “abominações de desolação”, até construiu um altar para Zeus no Templo. Tentou acabar com a prática do Judaísmo. Uma família, cujo pai era Matatias, combateu Antíoco com força (167 A.C.). O seu filho, Judas, continuava a guerra. Depois dele foi Jônatan (164 – 162 A.C.), Simão (142 – 134 A.C.) e finalmente o famoso João Hircano I (134 – 105 A.C.). Seu filho, Aristóbulo I (104 A.C.), um traidor, gostava do Helenismo e pôs sua mãe e seus irmãos na cadeia, aonde sua mãe viera a falecer, pois não tinha o que comer lá. Finalmente, a cultura grega se estabeleceu. Os Macabeus são considerados como observadores da lei. O Primeiro Livro de Macabeus mostra que as vitórias são por causa da ajuda de Deus. Os Macabeus, uma família, embora perdendo sua vida, mostram que Deus é fiel e dá a vida eterna àqueles que seguem as suas leis.

11 de nov. de 2011

ESCRITURAS

A estória de Ester aconteceu no reinado de Xerxes I (485-464 A.C.) também conhecido como Ahasuerus. Começa quando a Rainha Vashti desobedece ao Rei Xerxes negando um convite para um banquete. Depois de mandar Vashti embora, pelos planos de Mordekai, Ester foi escolhida como rainha. Antes disto, Mordekai tratava Ester como uma filha, pois seus pais haviam morrido; ele era o primeiro-ministro de Xerxes. Haman, um conselheiro e amigo de Xerxes tinha ciúme de Mordekai e queria matar todos os judeus; disse ao Rei que os Judeus queriam destruir os Persas. Xerxes decretou que todos os Judeus fossem exterminados. Mordekai rezou (Est 4,17-18) e pediu para Ester apresentar-se ao Rei pedindo a libertação dos Judeus. Primeiro a Rainha Ester rezou (Est 4,17k - 17z). Depois, contra a lei pérsica, ela apresentou-se a Xerxes. O Rei aceitou a Rainha: num banquete, Xerxes liberta os judeus. As intrigas de Hamon contra os Judeus vêm à tona. Depois ele vai ao quarto de Ester para pedir que ela falasse com o rei em favor dele. Xerxes entra e acha que Haman está beijando a rainha. Por isso, ele assina um decreto para matar Haman, sua família e todos os Agagites (tribo de Haman). Os judeus celebram esta estória com a festa de Purim.