31 de mai. de 2013

A HISTÓRIA DE TOMÉ (Marcos 16,14-18)

“Pão dos anjos os homens comeram...” (Sl 78,23-51)
Queres o verdadeiro prazer e a abundância de minhas consolações? É no desprezo por todas as coisas do mundo e na privação de todos os prazeres fúteis que encontrarás tua benção (cf. Gn 27,40), e receberás como recompensa abundantes consolações. Quanto mais rejeitas toda consolação que vem das criaturas, mais encontras em mim consolações ao mesmo tempo doces e fortes. Quando Jesus apareceu para os apóstolos, um dos 11 não estava presente. Chamava-se Tomé e fazia bastante tempo que era um de seus seguidores.
Ao entrar na sala onde os outros estavam, Tomé ficou impressionado com a mudança de seus amigos. Na última vez que os encontrara, estavam tristes e desesperados. Agora, porém, estavam diferentes, cheios de alegria. Não demorou muito para entender por quê.
“Tomé, é verdade!”, contaram-lhe. “Nós vimos Jesus. Ele está vivo!”
Mas Tomé replicou: “Não acredito. A menos que possa ver as marcas dos pregos nas mãos Dele e colocar minha mão ali e em seu peito.”
Oito dias depois, os apóstolos estavam em casa e Jesus voltou a visitá-los. Dessa vez, Tomé estava com o grupo. Apesar das portas fechadas, Jesus entrou e os saudou: “A paz esteja com vocês”.
Virando-se, então, para Tomé, Jesus disse: “Tomé, venha ver Minhas mãos e tocas em Minhas feridas. Agora pare de duvidar e acredite”.
“Meu Senhor e Meu deus!”, respondeu prontamente Tomé.
“Você acredita só porque me viu?”, perguntou Jesus. “Haverá muitos que não Me verão e crerão.”
Lembrete:
Contudo, é um fato que somos solitários num outro sentido. Até mesmo os mais bem acompanhados de nós, ao longo da vida, experimentam solidão como peso. Há momentos e fases na vida em que não sabemos nos expressar, não encontramos com quem nos abrir ou não nos percebemos entendidos.
Na medida em  que a vida avança e chega a “terceira idade”, os amigos se vão indo... novas relações são difíceis de se obter... já desaparecem os contatos e o companheirismo de trabalho... quando a doença e a enfermidade sobrevêm, nosso círculo se reduz ainda mais... Na morte, mesmo rodeados de solicitude, mesmo se não estamos nestas modernas e isolantes UTIs, cada um de nós morre sozinho... Esta é a experiência única, absolutamente privativa.

30 de mai. de 2013

MADALENA VÊ JESUS (João 20,11-18)

“E também estavam ali algumas mulheres, olhando de longe...” (15,40-41)
Certamente, meu filho. Não quero que busques a paz ao abrigo das tentações e insensível às contrariedades. Julga ter encontrado a paz quando tiveres suportado diversas provações e sofrido muitas contrariedades. Se afirmas que não podes sofrer muito, como suportarás o fogo do purgatório? Entre dois males, é preciso escolher sempre o menor. Para evitar os suplícios da eternidade, aplica-te a suportar, por Deus, os males presentes com serenidade. Ou julgas que as pessoas do mundo não conhecem o sofrimento? Mesmo entre os mais bem-sucedidos não é isto que constatarás.
Maria Madalena foi ao sepulcro. Parou do lado de fora e chorou, sentindo muito medo. Achou que alguém tivesse simplesmente roubado o corpo de Jesus. Então, Madalena se inclinou e olhou para dentro do túmulo. Viu dois homens, com roupas brancas cintilantes, sentados onde estivera o corpo de Jesus.
“Por que você chora?”, perguntaram.
“Porque levaram embora o corpo do meu Senhor, e não sei onde O colocaram.”
Depois de dizer isso, Madalena virou-se. Jesus estava parado atrás dela, no jardim. Ela, porém, não o reconhecer. De alguma maneira, Jesus estava diferente.
“Por que está chorando?”, perguntou o Salvador. “Por quem procura?”
Madalena pensou que o homem ali parado fosse o jardineiro e Lhe disse: “Senhor, se levou o corpo embora, por favor, diga-me onde colocou”.
“Maria!”, disse Jesus. Ao ouvir seu nome, percebeu com quem falava.  Somente Ele poderia chamá-la daquela maneira.
“Mestre!”, exclamou, caindo a Seus pés.
“Não toque em Mim por enquanto”, disse Jesus. “Ainda preciso encontrar Meu Pai, Meu Deus e Seu Deus.”
Lembrete:
Hábitos e vícios também dão clareza perfeita e calma à decisão e, com bastante regularidade, decidem para o lado errado. Algumas pessoas estão quase totalmente certas de que nada no mundo ou fora dele pode fazê-las parar de fumar. Um homem pode se recusar de maneira absoluta e calma e clareza perfeitas a sair de um emprego porque descobriu um meio conveniente e confortável da manter um vício.

29 de mai. de 2013

JESUS FALA DE SI

“Senhor, foste para nós um refúgio de geração em geração. Antes que nascessem os montes e a terra e o mundo fossem gerados, desde sempre e para sempre tu és. Deus. Fazes o homem voltar ao pó dizendo ‘Voltai, filhos de Adão’” (Sl 90,1-3)
“Quem vocês pensam que sou?”
O discípulo – Senhor, torna me possível pela graça o que me parece impossível pela natureza. Sabes que minha paciência é curta e que fico logo abatido ao se levantar a menor contrariedade. Que toda provação que exercita minha paciência se torne para mim, por causa do teu nome, amável e desejável, pois sofrer e suportar a injúria por causa de ti é muito salutar para mim.
Jesus seguiu com Seus discípulos para as aldeias ao norte do Mar da Galiléia, onde passou algum tempo orando sozinho. Depois, quando os discípulos se juntaram a Ele, perguntou: “Quem as pessoas dizem que sou?”
“Uns dizem que o Senhor é João Batista. Outros, que é Elias ou Jeremias, ou um dos profetas.”
“E vocês, quem pensam que Eu sou?”, perguntou Jesus.
Pedro se adiantou. Tinha de responder por ele mesmo: “O Senhor é o Messias, o Filho do Deus Vivo”.
“Muito bem, Pedro!”, disse Jesus. “Você é abençoado por Deus. O único modo de saber isso é Meu Pai que está no Céu mostrar a você.”
Jesus, então, pôs as mãos nos ombros de Seu amigo. “Lembre-se de seu nome, Pedro”, disse.
Lembrete:
Pedro significa “pedra”, e com pedras dá para construir casas. “Você é uma pedra, e sobre essa pedra construirei Minha Igreja. Nem mesmo a morte poderá acabar com ela. Você receberá muitos poderes e responsabilidades.”
“Que tenho feito de minha vida, Senhor?” Que tenho de meu irmão, do mais pequenino e excluído, pois este és tu mesmo? Que ‘cristão’ tenho sido? Com que amor amo?”
Reze conforme a verdade do seu coração, o que sente, ou o que não sente e quereria sentir, e deveria sentir, e precisaria sentir:
“Dá-me um coração novo, semelhante ao teu! Dá-me viver a injustiça, a opressão, o sofrimento, a dor, a doença e a velhice com os mesmos sentimentos teus, Bom Jesus!

28 de mai. de 2013

A LUZ DO MUNDO

“A revelação das tuas palavras ilumina, dá sabedoria aos simples” (Sl 119,129-136)
Nós nos sentimos convidados e impelidos, no Espírito, a olhar, a contemplar, mediante o testemunho dos Evangelhos, Jesus, os seus gestos e palavras. É o nosso único modo de conhecer interiormente, mais e mais, a gloriosa Trindade, em cujo e Único Nome somos batizados: “Ide! Fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Estou convosco todos os dias, até o final dos Tempos” (Mt 28, 19-20). Assim, quando contemplamos Jesus e, por Ele, com Ele, e n’Ele, chegamos, mais e mais, ao conhecimento do Pai nosso. Nunca estaremos nos fechando no passado, no tempo dos Césares, porque Ele é Fiel e está conosco “todos os dias”.
Afinal, podemos experimentar a verdade da afirmação de Pedro e dos apóstolos: Sim, “matastes o Senhor, o Autor da Vida, mas Deus o fez ressurgir dentre os mortos! O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem matastes, suspendendo-o na Cruz!” (At 5,30).
Contemplando Jesus, guiados pelo testemunho apostólico e do Espírito (At 5,32), vivemos no esplendor d’Aquele que é a “Luz para todo aquele que vem a este mundo” (Jo 1,14). Nesta luz, refletimos para tirar algum proveito do que vimos, do que ouvimos, tirar algum proveito dos pontos contemplados e considerados, com a graça do Espírito que nos conduz.
Senhor Jesus, desde o momento de Teu nascimento, Tu viveste tanto com os grande como com os pequenos. Tu encantaste, desafiaste e venceste a todo. Senhor, faz-me sentir Teu ardor carismático, a bendita graça que fez com que os simples Te amassem e que teus líderes Te buscassem durante a noite. Ensina-me a descansar com facilidade onde Tu estiveres, como pastor cabeludo e sábio bem barbeado, como Nossa Senhora Te carregou suavemente como Te manteve José, teu Abbá! Aceita a homenagem do meu coração junto com o olhar adorador dos pastores e os presentes dos Reis Magos.
Lembrete:
São Paulo mesmo fez promessa e cumpriu com quatros membros da Igreja Mãe de Jerusalém, segundo a antiga tradição israelita do “nazirato” (ver Nm 6,14-15): Faze, então, o que vamos te dizer: aqui estão quatro homens que têm a sua promessa a cumprir. Leva-os contigo, purifica-te com eles, e encarrega-te das despesas para que possam mandar raspar a cabeça (...) Paulo, então, levou os homens consigo (...) (ver At 21,23-25). As promessas devem sempre estar conformes ao espírito do Evangelho. Uma promessa como a de Jefté, de matar o primeiro ser vivo que encontrasse de volta para casa, fere a prudência e a sabedoria e termina em pecado. De fato, Jefté sentiu-se obrigado a matar a própria filha (ver Jz 11,20-40)

27 de mai. de 2013

A PORTA

“Eu sou a porta” (Jo 10,9)
A humanidade do Nosso Senhor Jesus Cristo é o acesso que temos ao pai nosso; “Eu sou a porta” (Jo 10,9); “Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14,6). Só o Filho Jesus conhece ao Pai e só Ele pode nos dar a conhecer o Pai Nosso (Mt 11,27). Jesus é sem dúvida, um ser humano, filho de Abraão, que viveu no tempo dos Césares. No curto espaço da sua vida terrestre, marcou indelevelmente a história humana.
Jesus não é um ser de ficção, um personagem inventado. Mas também não é somente um ser definido pelo espaço e pelo tempo, contido nos limites da história. Ele é fonte da nossa fé. A nossa fé não o diviniza, mas proclama a sua divindade: Jesus Cristo é o Senhor (Fl 2,11). Ele é o Salvador (At 13,23)
A unidade da primeiríssima geração cristã foi constituída por ação do Espírito da Promessa, na fidelidade em relatar as “coisas que Jesus fez “ (At 1,1). Enquanto o Antigo Testamento insiste que Deus é Espírito, e não tem imagem, e d’Ele não se pode pintar, esculpir, fundir, moldelar imagens, agora vimos a imagem de Deus, Jesus. Paulo no recorda que Jesus – o Filho – é a “Imagem de Deus invisível”(Cl 1,15), o que não surpreende, pois todos nós mulheres e homens, somos imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26-27).
Por isso tudo, João insiste em dizer que “viu, ouviu, tocou com as mãos o Verbo da Vida”, Jesus (1 Jo 1,4). Lucas, nos Atos (10,41), nos comove lembrando que as testemunhas comeram e beberam com Cristo Jesus.
Na última Ceia, Jesus insistiu na sua perfeita identidade com o Pai: “Quem me vê, vê o Pai”     (Jo 14,9). O autor da carta aos Hebreus abre o seu texto com essa proclamação entusiasta e jubilosa: “O Filho é a irradiação da Glória de Deus, a expressão exata do Seu Ser” (Hb 1,3).
Meditação:
O que eu quero agora: quero entrar na mente daquele que escolheu nascer como eu nasci. Peço amar esta pequena criança, da tal modo que minha vida siga o seu próprio estilo de vida.
“Os pastores ouvem a notícia que os anjos lhe dão. Eles se apressam para encontrar Maria, José e o menino. Então, eles regressam ao seu trabalho glorificando a Deus.” (Lc 2,8-20).
“Os três Reis seguem a estrela para adorar a Jesus. Eles adoram-no e lhe oferecem presentes. Avisados por sonho, regressam a seu país por outro caminho”. (Mt 2,1-12)
Desse esforço individual, que se torna coletivo, depende da humanidade, para uma vida mais saudável e equilibrada, até que se estabeleça a paz, a harmonia no nosso planeta e, então, ver-se-á surgir um mundo novo, a nova Jerusalém.
“Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia. Eu vi descer o céu, de junto de Deus, a cidade santa, a no va Jerusalém, como uma esposa ornada para esposo” (Ap 21,1-2).

26 de mai. de 2013

NOME DE JESUS

NOME DE JESUS
“Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do Menino, foi lhe dado o nome de Jesus, conforme o chamou o Anjo, antes de ser concebido” (Lc 2,21)
Preparo-me! Escolho um lugar que favoreça o recolhimento. Deixo-me pacificar, sabendo que Deus me quer junto d’Ele.
Recordo a história: “Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do Menino, foi lhe dado o nome de Jesus, conforme o chamou o Anjo, antes de ser concebido” (Lc 2,21)
Vou empenhar-me em acompanhar o itinerário de Jesus, desde criança de colo até a Cruz e a Ressurreição, ouvindo tanta gente pronunciar teu Nome bendito, alcançando graça nas mais diversas situações de vida, com:
Maria e José, com carinho e profundo amor que o chamam: “Yehoshuá” (Javé salva).
Tanta gente que o chama pelo nome: Nome que opera milagres, cura, restaura, perdoa, reconcilia: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim – de nós! (Mc 10,47); Jesus, Mestre. Tem compaixão de nós! (Lc 17,13).
Ver a Cruz, onde Ele derramou o seu sangue e na qual Pilatos mandou afixar o seu nome: Jesus de Nazaré: o Rei dos Judeus (Jo 19,19).
Os primeiros cristãos, sendo batizados no Nome de Jesus (At 2,38).
Os apóstolos, primeiros discípulos e discípulas, ensinando em nome de Jesus, levando o conhecimento de seu nome aos pagãos de toda parte.
Percorrerei, então, a minha própria vida, “vendo e sentindo” a minha salvação, de outras pessoas próximas, de famílias, de povos... Salvação operada pelo nome de Jesus em momentos especiais. Vou me empenhar em ouvir e sentir a invocação deste Nome por um número incalculável de pessoas: crianças e adultos, enfermos e agonizantes, virgens, místicos, mártires, gente de todas as raças, línguas e nações...                                                    
No final do tempo da oração, procurarei intensificar a prece, tornando-a mais insistente, dialogal, recolhendo tudo o que aconteceu. Com a gratidão que puder, direi finalmente: “Pai-Nosso”.
“Jesus chama seus discípulos para se juntarem a Ele e para que façam o que Ele faz. Ele permanece com seus discípulos e trabalha com eles. Ele quer que todos os que o seguem se juntem a Ele neste grande projeto.” (Mt 4,18-20)
“Cantai a Deus, cantai hinos a seu nome, aplanai a estrada para o que cavalga as nuvens; ‘Senhor’ é seu nome, alegrai-vos diante dele”.
Jesus é meu nome. Eu sou teu Deus. Sou o mestre absoluto do universo. Eu cavalgo os vento violentos, todas as tempestades. Não existe nada, nem nenhuma circunstância, que eu não possa controlar.

25 de mai. de 2013

MINISTÉRIO

“Então ergueu-se a voz de Pedro, que estava lá com os onze; ele se exprimiu nestes termos: “Homem da Judéia, e vós todos que residis em Jerusalém, compreendei bem o que está acontecendo, e dai ouvidos às minhas palavras. Não, essa gente não bebeu, como estais pensando pois são apenas nove horas da manhã; mas cumpre aqui o que foi dito pelo profeta Joel: acontecerá nos últimos dias, diz Deus que eu derramarei o meu Espírito sobre toda a carne” (At 2,14-17).
O Espírito Santo é Deus?
Sim, Ele é o Espírito do Pai e do Filho. Por isso mesmo somos batizados no Nome único de Deus: Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28,19).
O Espírito não fala de Si mesmo (Jo 16,13), mas é o Espírito da Verdade que dá testemunho de cristo (Jo 15,27). Só ele conhece o que está em Deus, pois é o Espírito de Deus (1 Cor 2,11). Assim temos o mesmo conhecimento divino do Filho: Ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai; Nem quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo (Lc 10,22). Os três participam integralmente da mesma natureza divina: um só deus em Três Pessoas.
Durante o seu ministério, Jesus dizia com freqüência aos seus discípulos que apesar de eventualmente ter de deixá-los, o Espírito Santo ocuparia seu lugar, fazendo verdadeiramente de seus corações, sua casa. O Espírito moraria como um novo amigo dentro deles. Antes de deixar este mundo, Jesus disse aos seus seguidores que esperassem pela promessa, um novo presente, a permanência eterna do Espírito. Após a ascensão de Cristo ao céu, o Espírito Santo veio, não mais como nos tempos do Velho Testamento, para poucas e selecionadas pessoas para uma tarefa em especial, mas para todos que acreditaram em Jesus. A comunidade de Deus nasceu.
Pedro, um discípulo transformado pelo Espírito Santo, pregava para uma multidão enorme que estava visitando Jerusalém para as Festas de Pentecostes. Muitos se tornaram Cristãos confiantes. A comunidade Cristã cresceu tão rápido que autoridades religiosas em Jerusalém começaram a se preocupar, e um judeu fanático, extremamente bem-educado, Saulo de Tarsus, embarcou numa campanha persecutória intensa, na qual muitos Cristãos foram presos e encarcerados, e Estevão foi executado. Num ponto chave da campanha de Saulo, ele mesmo foi convertido para a fé pessoal em Jesus Cristo, tornando-se Paulo, o missionário e pastor fora de série, assim como autor de um grande número de cartas do Novo Testamento.
Lembrete:
A harmonia, a paz que o mundo espera deve começar com interior de cada um de nós em particular, dependendo do crescimento pessoal, resultando daí um crescimento coletivo.
Quanto mais sólidas essas verdades, mais se faz sentir o sentido da vida, o qual conduz a um crescimento e indica o que é puro e verdadeiro, percebendo o caminho a seguir.

24 de mai. de 2013

PEÇA E RECEBERÁ

“Feliz quem encontra em ti sua força e decide no seu coração a santa viagem”. (Sl 84,6-8)
 “A cada suspiro, ou a cada sopro da respiração, reze mentalmente, dizendo uma palavra... da oração que se recita, de modo que só se diga uma palavra entre uma respiração e outra. Durante o tempo que vai de uma respiração a outra deixe a sua atenção voltada à significação desta palavra, ou à pessoa a quem reza, ou à baixeza de si mesmo... conservando a mesma ordem de respiração compassada...”
Não é verdadeiramente paciente aquele que não quer sofrer, a não ser na medida que lhe convém e da parte de quem lhe apraz. A verdadeira paciência não se detém na pessoa que faz sofrer, seja o superior, um igual ou inferior, um igual ou inferior, seja ele homem bom e santo, seja mau e indigno. Por maiores e freqüentes a que sejam as contrariedades que lhe acontecem, aceita-as serenamente de toda criatura, recebe tudo isto com reconhecimento, como proveniente  da mão de Deus, e considera isto um imenso proveito. Porque diante de Deus nada do que se sofre por ele, por menos que seja, poderá permanecer sem mérito.
Jesus voltou à cidade de Cafarnaum. Lá havia um oficial romano, encarregado da região. Era um homem bom e justo. Em vez de maltratar os judeus, como faziam muitos romanos desde que Roma conquistara Israel, tratava-os bem e se interessava por eles. Chegou até mesmo a construir uma sinagoga.
Esse homem tinha um servo que estava muito doente, quase morrendo! O oficial enviou alguns amigos para interceptar Jesus. Eles tinham uma mensagem: “O oficial manda dizer: “Senhor, eu não sou digno que venha à minha casa. Nem mesmo de encontrá-Lo. Mas diga apenas uma palavra e seu que meu servo será curado””.
Quando ouviu o recado, Jesus sorriu. Os amigos dele continuaram: “Ele diz que chefia muitos homens. Se manda um deles fazer alguma coisa, ela é feita. Por isso, Jesus, se o Senhor disser que o servo será curado, ele será”.
Lembrete:
Os olhos de Jesus brilhavam quando se virou para a multidão que O seguia. “Vocês ouviram isso?”, perguntou. “Não vi uma fé assim em nenhum outro em todo Israel.
Jesus tinha vindo para ser o Messias, mas poucos judeus acreditavam Nele. O oficial não era judeu, mas sabia quem Jesus era. Ele sabia que Jesus tinha o poder de Deus e poderia salvar seu servo do jeito que quisesse.

23 de mai. de 2013

A MULTIPLICAÇÃO

“Eu farei dele o primogênito, o mais elevado dos reis da terra”. (Sl 82)
Existe uma poderosa assembléia dos assim chamados “primogênitos”: “Eles seguem o Cordeiro aonde quer que vá. Foram resgatados do meio da humanidade, como primeira oferta de Deus e ao Cordeiro” (Ap 14,4)
Eu sou o primeiro dos primogênitos. Paulo sabia disso ao escrever aos Romanos: “Pois aos que ele conheceu desde sempre, também os predestinou a se configurarem com a imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos” (8,29). Estes irmãos que seguem meus caminhos entrarão também os chamou, e aos que chamou, também os justificou, e aos justificou, também os glorificou”. Portanto, prepara-te para o combate se queres alcançar a vitória. Sem luta, não podes chegar à recompensa. Se a desejas, combate com coragem, suporta com paciência. Sem trabalho não se chega ao descanso e sem batalha não se ganha a vitória.
Jesus dividiu a multidão em grupos. Depois, agradeceu ao menino que havia trazido o pão e os peixes. Todos pararam de conversar e viraram-se para Jesus. Não era fácil ficarem quietos, estavam muito excitados. “O que vai acontecer agora?”, perguntavam. Jesus agradeceu a deus por dar a todos o que comer. Abençoou a comida e partiu os pães. Depois, entregou-os aos seus discípulos para que distribuíssem.
Foi o início de um acontecimento assombroso! Quando os discípulos começaram a dar pão e peixe à multidão, descobriram que havia o suficiente para todos! Milhares de homens, mulheres e crianças tinham o que comer.
No final, eles recolheram tudo o que sobrara e, quando terminaram, havia 12 cestas cheias com o que restara! Como era possível?
Percebendo o que ocorrera, o povo mal podia acreditar. “Ele não se contentou em nos dar comida, nos deu mais do que conseguimos comer!”
“Como Jesus consegue fazer essas coisas estranhas e maravilhosas?”
“Ele é mesmo o profeta que estávamos esperando”, comentaram. Todos estavam realmente maravilhados.
Lembrete:
Muitas vezes nos percebemos movidos e inspirados numa certa direção. Mas nossos sentimentos se tornam, a seguir, confusos e contraditórios. Não duvidamos do que Deus quer de nós, do que Jesus nos está ensinando, do rumo para o qual nos impele o Espírito. Mas ficamos com medo. Hesitamos. Tudo nos parece incrível demais. 

22 de mai. de 2013

A SOGRA DE PEDRO É CURADA (Mateus 8,14-17)

“Minha alma desfalece e suspira pelos átrios do Senhor” (Sl 84,1-5)
Em ti como estava na barca com meus discípulos. “Por que temer? Vamos juntos acalmar as tempestades que atormentam tua vida para que chegues ao porto, são e salvo. Começa me louvando hoje, e as tempestades se acalmarão.
Repouse o corpo e o espírito. Peça a graça de orar neste tempo. Ponha-se, com os olhos interiores, diante de Jesus. Quanto mais te dispões mais prudente é tua ação e maior teu mérito. Preparando-te para isto com vigor, em espírito e na prática, tornarás o sofrimento mais leve de suportar.
Não digas: “Não posso suportar isso de tal pessoa, nem sofrer semelhantes coisas: ela foi injusta comigo e censura-me intenções que jamais tive. Mas suportaria isto de boa vontade da outra pessoa, dentro dos limites que eu julgasse conveniente”. Pensamento louco que se interessa pouco pela virtude da paciência e por aquele que deve recompensá-la, mas prefere tomar nota exata das pessoas e das injúrias que lhe foram feitas!
Jesus e seus discípulos saíram da sinagoga e foram para a casa de Pedro.
Lá chegando, souberam por Pedro e André que a sogra de Pedro estava de cama, com uma febre muito alta. Jesus ficou preocupado. “Sinto muito. Posso vê-la?” André e Pedro O acompanharam ao quarto.
Jesus entrou, foi até a doente e tomou a mão dela entre as Suas. No mesmo momento, a febre baixou e ela se levantou. Depois do jantar, à noite, um grupo se juntou fora da casa, querendo ver Jesus,
“Cure-nos!”, pediam. Ajude-nos a melhorar, por favor!”
Jesus curou os doentes. Por fim, depois de ter ajudado a todos, Jesus e Seus discípulos voltaram para casa muito contentes e satisfeitos por poder dormir e descansar um pouco após um dia tão agitado.
Lembrete:
Eu vejo todos os teus problemas. Eu vou te libertar de todos eles, e não apenas de alguns. De todos os problemas. Tu és meu bem-amado. Tu me és mais caro do que o céu inteiro. É por ti que eu morri.
Repousa em mim. Deixa-me secar tuas lágrimas e curar teu coração mortificado. Assim fazendo, eu restaurarei as “asas da tua esperança” e poderás voar de novo.

21 de mai. de 2013

LIMPANDO O TEMPLO (Mateus 21,12)

“Fiz aliança com meu eleito; jurei a Davi, meu servo” (Sl 89,4)
Prepare-se, repousando “um pouco o corpo e o espírito, sentado-se ou andando, como lhe parecer melhor, considerando aonde vai e a fazer o quê...”. fale ao Pai pedindo que ele lhe conceda a graça para que “todas as suas intenções, ações e operações sejam ordenadas puramente a serviço de Sua Divina Majestade” com estas ou outras palavras.
Que dizes meu filho? Deixa de te queixar: considera minha paixão e a dos outros santos. Ainda não resiste até o sangue (Hb 12,4). O que sofres é pouca coisa em comparação ao que tantos sofreram: fortes tentações, árduos sofrimentos e tantas provações diversas e repetidas. É preciso que te lembres dos pesados fardos que os outros carregaram: acharás mais leve o pequeno fardo que carregas. E se ele não te parece pequeno, toma cuidado para que tua impaciência não seja a causa disto. Em todo caso, seja pequeno, seja grande, aprende a tudo  suportar com paciência.
Após chegar a Jerusalém, Jesus foi até o templo. Aquele que fora construído por Herodes, no mesmo lugar onde ficava o antigo. Era a Casa de Deus, a mesma que, quando menino, havia chamado de “Casa de Meu Pai”.
Mas, dessa vez, quando Jesus entrou no templo, não ficou feliz com o que viu. O templo, que deveria ser um lugar de oração, parecia um mercado. Cambistas, forçavam todos, mesmo os mais pobres, a pagar caro pelos sacrifícios que tinham de oferecer no local. Gente que já era pobre, ficava ainda mais pobre sempre que ia ao templo para adorar a Deus. Não era assim que Deus queria que Sua Casa fosse tratada.
Quando Jesus ouviu os mercadores gritando preços de pombas e ovelhas, constatou o desrespeito pela casa de Deus.
Mal conseguia conter sua indignação. “Não!”, gritou. “Esta é a Casa de Meu Pai! Vocês não podem tratá-la assim!” E correu pelo pátio onde se faziam as vendas, derrubando as mesas de câmbio. As moedas rolavam pelo chão, e as pessoas corriam gritando para todos os lados. Pássaros escapavam das gaiolas e voavam. Jesus foi de ponta a ponta, expulsando os mercadores do lugar.
Meditação:
Senhor, julga quem me acusa, ataca os que me atacam...
Sejam como a palha ante o vento, quando o anjo do Senhor os expulsar. Seja escura e perigosa a sua estrada, quando o anjo do Senhor os perseguir. (Sl 35,1-8)  

20 de mai. de 2013

JESUS DESAPARECE (Lucas 2,41-52)

“Mas aos que te temem deste um estandarte para fugirem longe das flechas” (Sl 60,1-7)
O discípulo – Senhor, de boa vontade aceito sofrer tudo o que queres que me aconteça. Sem preferência, quero acolher de tua mão bem e mal, doçura e amargura, alegria e tristeza, e agradecer-te por tudo o que me acontece.
Aos doze anos, Jesus já podia participar da vida religiosa judaica, e Maria e José o levaram até Jerusalém para as festas de Pessach, que comemora a saída dos judeus do Egito, no tempo de Moisés.
No último dia das festas, Maria e José voltaram para casa. Os dois pensaram que Jesus estava com outra parte do grupo de galileus, entre os parentes e amigos que retornavam a Nazaré.
Depois de um dia inteiro de viagem, eles perguntaram às outras crianças do grupo: “Vocês viram Jesus?” Mas elas não souberam responder.
Por três dias eles procuraram em vão. Encontraram Jesus no meio dos rabis. Ele também falava e todos pareciam muito interessados no que dizia. Maria perguntou: “Meu filho, por que você não tentou nos encontrar? Nós o procuramos por todos os lugares e estávamos muito preocupados”.
Jesus respondeu: “Não sabiam onde Me procurar? Vocês não sabem que tenho de estar na casa de meu Pai?”
Maria O via crescer e, o tempo todo, se maravilhava com as bênçãos de Deus sobre Ele.
Lembrete:
Carta aos Hebreus
O cristão anônimo autor da inspirada “Carta aos Hebreus” comenta muitas vezes a entrega definitiva de Cristo Jesus e o valor inestimável do seu sacrifício:
“Ele é Sumo Sacerdote que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, elevado ao mais alto dos céus. Com efeito, ele não precisa, como os sumos sacerdotes (do Antigo Testemunho), oferecer sacrifícios a cada dia, primeiramente por seus pecados, e depois pelos do povo. Ele já o fez de uma vez por todas, oferecendo-se a si mesmo (Hb 7,26-27)...
Ele entrou uma vez por todas no Santuários, não com o sangue de bodes e novilhos, mas com o seu próprio Sangue, obtendo uma redenção eterna. De fato, se o sangue de bodes e novilhos e se a cinza da novilha (segunda a Antiga Lei de Moisés), espalhada sobre os seres ritualmente impuros, santifica-os, purificando os seus corpos, quanto mais o Sangue de Cristo que, por um Espírito eterno, ofereceu-se a Si próprio a Deus como vítima sem mancha, há de purificar a nossa consciência das obras mortas que prestemos um culto a Deus vivo (Hb 9,12-13)

19 de mai. de 2013

AMIGOS

“Elevamos rios, Senhor, elevam os rios sua voz, elevam os rios seu fragor. Mais poderoso que o rumor de águas imensas, mais poderosos que as ondas do mar, poderoso é o Senhor nas alturas. Dignos de fé são teus testemunhos; a santidade convém à tua casa por dias sem fim, ó Senhor!” (Sl 93,3-5)
Tentemos sentir a harmonia e o ciclo do universo, do nosso planeta, da vida, desfrutar de cada momento como se cada momento fosse a eternidade.
Sentir o dia... o sol e a chuva... o calor e o frio... o céu e a terra... o pássaro e o peixe... o barulho e o silêncio... a semente e o fruto... o mal e o bem... a guerra e a paz... a vida e a morte... as trevas e a luz... Contemplemos, em profundidade, a vida em movimento.
Estar vivo é poder contemplar esse momento maravilhoso da criação e desfrutar desses espetáculos da natureza do ser. Tudo vibra, tudo flui, tudo se movimenta.
O homem tem de aderir ao ritmo da natureza, ser um observador constante dessa harmonia, e fazer parte desse ritmo que é uma ordem natural. Em tudo há um ritmo, em tudo há uma harmonia, é só observar.
Perceber o significado desse ritmo e dessa ordem, dessa harmonia, é perceber o significado da vida, que deve ser percebida e respeitada para a nossa evolução e crescimento.
É chegada a hora... hora de mudança, para que o que é bom e perfeito possa passar do pensamento para a ação.
Lembrete:
Procuro para meu serviço, mulheres que saibam louvar. Eu chamo as “filhas de Sião” a tomar seus instrumentos musicais e a compor melodias em minha honra. Prepara-te para um ministério de louvor, com “instrumentos e danças”. Que tua boca esteja cheia de ações de graças. Aprende a tocar e a cantar para mim e ensina tuas filhas a cantar os hinos do céu.
Minhas filhas e meus filhos me são igualmente importantes. Eu suscito nestes dias um exército de mulheres (Salmos 68,12) que procederão minhas tropas regulares, por seus cantos e louvores! Honrarei essas filhas como diz com Débora e Jael, quando Eu entreguei Sísara nas mãos de uma mulher (Juízes 4,9.21). o inimigo de meu povo se humilhará mais uma vez nos pés das mulheres de Deus quando estas se erguerem com minha unção e meu poder para realizar seu destino nos últimos tempos (Juízes 5,27)

18 de mai. de 2013

VIDA DE JESUS

 “Por ventura pensais que seja sem razão que a Escritura diz: Deus deseja ansiosamente o espírito que fez habitar em nós? Ele, porém, faz ainda mais para mostrar favorável; eis porque a Escritura diz: aos orgulhosos Deus resiste, mas aos humildes mostra-se favorável” (Tg 4,5-6).
Jesus nasceu em Belém na Judéia, filho de Maria, uma jovem Galiléia, Virgem que estava prometida em casamento a um carpinteiro devoto chamado José. A vida do Bebê já estava em perigo nas primeiras horas de sua vida por causa das ameaças de ciúmes de um rei local, Herodes. Maria e José fugiram com a criança para o Egito, aonde permaneceram até a morte de Herodes, quando já era seguro o seu regresso.
No retorno, a família foi morar em Nazaré, uma cidade medíocre do norte de Israel. Sabemos pouco sobre a infância de Cristo, apenas que aos doze anos, assumindo responsabilidade espiritual, tornou-se “filho da lei”, assim como qualquer outro garoto judeu. Naquele tempo, ele, certamente, já tinha conhecimento da sua relação única com Abba, Deus, seu Pai.
Consciente do seu destino único, Jesus foi batizado no Rio Jordão por seu primo, João, o Batista, um corajoso pregador do arrependimento. Mesmo não tendo pecados, Jesus fez isso como um ato de identificação com nossa humanidade pecadora, e como um ato de justiça e amor perante os homens. (Mt 3,13-15). No seu batismo, uma voz do céu confirmou sua natureza única, sua missão e destino como o Messias e Filho de Deus e um Servo Sofredor (Mt 3,17 Is 42,1). Após o seu batismo, Jesus passou quase seis semanas no deserto. Durante esse tempo de oração e preparação, Ele foi brutalmente tentado, mas sua mente estava segura com palavras fortes e de apoio da Escritura Sagrada e Ele, evidentemente, sendo Deus, saiu vitorioso.
Meditação:
Jesus foi aprisionado na instigação de líderes religiosos judeus que se opunham a muitos aspectos dos seus ensinamentos, principalmente sua auto-intitulação de ser o único Filho de Deus. Ele foi crucificado entre dois criminosos na primeira Sexta-Feira Santa. A mensagem do Novo Testamento é que ao morrer, Ele carregou no seu corpo nossos pecados. Seguindo a Cruz, aqueles que se arrependem e procuram o perdão, podem ser imediatamente perdoados. No fim daquele dia inesquecível, o dia mais importante da história mundial, seu corpo foi sepultado numa tumba, mas, como prova irrefutável do poder de justiça e amor de Deus, Jesus foi ressuscitado dos mortos. Nas semanas seguintes, ele foi visto repetidas vezes por pessoas distintas: uma dupla caminhando, diversos grupos e, em uma ocasião, 500 pessoas  (1Cor 15,3-6).

17 de mai. de 2013

TRANSFORMAÇÃO

“Vinde, exultemos no Senhor, aclamemos o Rochedo que nos salva, vamos a ele ações de graças, vamos aclamá-los com hinos de alegria”
O engenheiro desenha a planta, mas esta só será efetuada pelo pedreiro que, pacientemente, coloca tijolos sobre tijolos até a edificação da obra.
Podemos construir um futuro melhor, transformando o barro em uma obra de arte.
Através de um trabalho contínuo, ser luz para refletir essa luz, iluminar-nos e assim iluminar os que estão mais próximos de nós e entender, refletir essa luz para o mundo.
Através dessa iluminação, entender os sinais que o Criador nos proporciona todos os dias, vendo realmente tudo ao nosso redor, esforçando-nos para que não vivamos nas superfícies das coisas.
Ouvir com todas as nossas dificuldades, sentindo cada som de uma forma verdadeira e profunda.
Amar a todos e praticar o amor.
Andar no caminho do Criador, empregando algum tempo do dia à oração, à meditação e à contemplação.
“Seja como um rio e siga sempre para frente. Seja como a árvore e adquira sua força. Seja como as estrelas e brilhe como elas”.
E agora completo: Olhe para o céu, sinta paz e perceba a força do Criador, dirigindo este vasto universo.
Lembrete:
Salva-me do homem mau, Senhor, defende-me de quem faz violência, dos que tramam maldades no seu coração e todo dia provocam guerras. Afiam sua língua como serpentes; têm veneno de víbora nos lábios (Sl 140, 1-7)
Pede sempre em oração que eu te livre dos homens maus, e evita-os. Muitos caem nas armadilhas dos perversos porque tentaram cultivar uma relação com eles. Não sejas ingênua, nem crédula. Distancia-te do homem mau como de uma serpente venenosa, pois ambos são da mesma espécie. O réptil ataca o imprudente e quem ele teme. O malfeitor faz o mesmo. Se ele não te conhece e não foi apresentado, ele não te atacará rapidamente. Esta geração verá muitos homens maus em ação, até mesmo dentro de minha casa. Existe apenas uma proteção verdadeira, que é totalmente necessária no dia do combate. Quando tua situação se torna materialmente impossível e perigosa, apenas eu, o Senhor, teu Deus, posso te cobrir e te proteger, pois sou a força da tua salvação

16 de mai. de 2013

ALEGRAR-TE

“Alegra-te”—o convite de alegria que é feito à Virgem, a “Filha de Sião” (Sf 3,14)
Vou harmonizar-me e fazer a minha oração: “Conduze-me, Divino Espírito, para que eu contemple com o coração e a mente a verdade da nossa Salvação!”.
Vou ver com os olhos da imaginação a casa pobre de Nazaré e Maria na sua atividade do dia a dia das famílias de trabalhadores... também serenamente em oração. Pedirei que me alcance a graça de conhecer Jesus, o Messias, que começou sua vida no ventre abençoado.
Fico inspirado em 1 João 1,1-4: ver, ouvir, tocar para entrar na comunhão de vida que o Pai nos oferece em Jesus.
Vejo Maria, jovenzinha, comprometida em casamento com José. O Anjo, mensageiro do anúncio. Maria, a escolhida e também conhecedora da história do seu povo na expectativa do Messias.
Ouço a Palavra. “Alegra-te”—o convite de alegria que é feito à Virgem, a “Filha de Sião” (Sf 3,14). Ela representa o povo de Deus e acolhe a alegria do Cristo para toda a gente! “Cheia de Graça”: a agraciada de Deus, assim diz o anjo. Assim, é vista por Deus: agraciada por Ele para viver a vocação e a missão de Mãe do Messias. “O Senhor esteja contigo”: agora, Deus se insere pessoalmente na história humana: “Chegada à plenitude dos Tempos” (Gl 4,4), o Verbo Eterno do Pai se fez carne no seio de Maria! Definitivamente, Ele é o Emanuel, Deus conosco para sempre. “Não tenhas medo, Maria. Eis que conceberás e darás à luz um filho... O Espírito Santo virá sobre ti...Por isso o Santo que de ti nascer será chamado de Filho do Altíssimo...”. Vou retomando estas palavras... Deixo-as ressoar em mim...Rezo aquilo que me ocorrer...admiro...e reflito sobre mim mesmo(a) para tirar algum proveito.
Você começou a reconhecer que Deus continua a criá-lo, e o cumula de dádivas e desejos. O amor divino se inflama no centro de seu mundo vital, de sua vida e de sua pessoa.
Você determinou que, com a ajuda de Deus nosso Senhor, vai expressar em ações apenas os desejos que o levam ao amor de Deus e dos outros e ao amor ordenado de si mesmo. Você escolheu a “indiferença ativa”, em vez da crua ambição ou voluntarismo.
Meditação:
Você pediu a Deus, o Senhor misericordioso, que lhe mostrasse como pode andar com Cristo vitorioso.
Peça o que quer: aqui será pedir graça para me alegrar e sentir intenso gozo por tanta glória e gozo de Cristo, nosso Senhor.
“Gozo”, algo mais profundo e intenso, mais duradouro que a alegria. Peça esse algo a mais, que afete sua realidade, que mude  a você como mudou os discípulos. Abra o horizonte... Perceba a vida vitoriosa de Jesus...

15 de mai. de 2013

TRINDADE CONTEMPLA

“Eis que está gravado na palma de minha Mão!” (Is49,16)
Recordo a história da encarnação: a Trindade contempla o mundo com o olhar de misericórdia diante dos nossos desmandos. Decide salvar a humanidade por Jesus, n’Ele e com Ele. E quer necessitar de uma mulher, Maria de Nazaré.
Procuro observar o que fazem as pessoas: e o que fazem é conseqüência do que pensam, sentem e falam, como perseguição e eliminação do mais fraco... Ação em favor do dinheiro e poder dos grandes segundo o mundo, gerando toda a sorte de vítimas (Rm 1,39-31). Como matam, ferem: cultura da morte e da violência. No mundo, observo, em contraste, quanta ação honesta, boa e criativa! Ajuda, socorro, solidariedade, festa, comunhão!
E a Trindade, como reage? Não condena a humanidade: “a descida” É o seu amor compassivo (Fl 2,6-10). Então, as pessoas divinas realizam a encarnação do Filho Eterno no seio de Maria. Detenho-me sem pressa, e adoro.
Faço-me presente, soltando o meu coração, a minha imaginação, e na simplicidade, oro, deixando me tocar pela grandeza de Natal. Assumo o olhar da Trindade misericordiosa e pergunto-me: o que me diz esta realidade para minha missão? O que me inspira para as minhas atitudes? Como me inserir, encarnar, para aliviar, curar, salvar? Peço ao Espírito que me inspire!
Como é a união do Pai e do Filho e do Espírito Santo?
A união do Pai e do Filho e do Espírito Santo é perfeitíssima, sem nenhuma divisão. Assim o Espírito recebe o que é do Filho, e o que é do Filho é tudo o que o Pai possui. Por isso, disse Jesus, o Espírito há de receber o que é meu e o anunciará a vós (Jo 16, 14-15). Só o Filho tem a capacidade divina de receber tudo o que é do Pai e nos comunicar tudo o que é do Pai pelo Espírito Santo.
Lembro-me do que o Senhor disse para Moisés: “Eu vi, ouvi, tomei conhecimento e desci”. Isso tem haver com o modo de contemplar. O contato com a realidade evangélica também se faz pelos sentidos.
Meditação:
Você se dirige até um canteiro de flores cor-de-rosa... e a luminosidade dessa cor vai envolvendo você... é a cor da harmonia e do amor... vá projetando essa cor por todo seu corpo... e resplandeça essa cor no seu interior... e agora no seu exterior...
Reinarei sobre este mundo e o que meu Pai, Deus Trino me prometeu. Paguei um preço pelo resgate do mundo todo, e em breve porei em ferros o mal, que seduziu toda a terra. Eu venci pelo meu sangue, e ele não terá qualquer poder sobre minha criação. Seus poderes antigos estão quase esgotados, e ele será encadeado e atirado ao abismo (cf. Apocalipse 20,3). Os que assistirem a isso se admirarão e dirão: “Porventura é aquele que fazia tremer a terra, e abalava os impérios, que fazia do mundo um deserto, e destruía as cidades, e impedia os prisioneiros de voltarem para suas casas?” (Is 14,16-17)
Sinta paz... muita paz... E assim, harmonizando e refletindo o amor... medite em como poderá ser útil à humanidade...

14 de mai. de 2013

ENCARNAÇÃO

“Quem me segue não anda nas trevas” (Jo 8,12)
Procuro de harmonizar-me como de costume. Faço a minha oração.
Recordo a história da encarnação: a Trindade contempla o mundo com olhar de misericórdia diante dos nossos desmandos. Decide salvar a humanidade por Jesus, n’Ele e com Ele. E quer necessitar de uma mulher, Maria de Nazaré.
Medite com os olhos da imaginação, contemplando o mundo com as diversas populações, em situações tão diferentes como guerra e paz, para terminar firmando a vista sobre a casa humilde de Maria no povoado de Nazaré, na verde Galiléia.
Peço, então, a graça do conhecimento interno do Senhor, que por mim se fez homem, para que mais o ame e o siga. Procuro demorar-me neste pedido, dando tempo a  que ele desça no meu coração e saia dele, com a graça de Deus.
Lembro-me do que o Senhor disse para Moisés: “Eu vi, ouvi, tomei conhecimento e desci”. Isso tem haver com o modo de contemplar. O contato com a realidade evangélica também se faz pelos sentidos.
Procuro ver o mundo com os olhos da Trindade: os povos de todas as raças e culturas... As situações em que se encontram: paz e guerra, saúde e enfermidade, sofrendo fome ou uma epidemia de obesidade. Como a Trindade envolve este mundo com olhar de misericórdia e compaixão!
Procuro ouvir como falam as pessoas: palavras rancorosas, agressivas, mentirosas, impuras e ímpias... Mas muitas falam palavras de ajuda, ensino, alegria! Contudo, a todas, a Trindade diz: “Façamos a redenção do gênero humano no nascimento de Cristo Jesus”.
Ele mesmo disse a Felipe: Quem me viu o Pai. Como dizes então: Mostra-me o Pai? Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim? (Jo 14,9-10). Disse também: Enquanto vou para ti, Pai Santo, guarda-os em Seu Nome, o que me deste, para que sejam um como nós... Dei-lhes a glória que me deste, a fim de que sejam um como nós somos um (Jo 17,11.22).
Suplico ao Senhor : “Torna-me, Senhor, amadurecido(a) na fé, e que as minhas buscas se voltem unicamente para o teu Reino em mim, nos outros e ao nosso redor”. Termino com o Pai Nosso.
Estabelecer a paz é entrar em harmonia com o microcosmo que é cada um de nós e com o macrocosmo que é o universo. O  mundo precisa de ordem, de uma convivência pacífica.
Lembrete:
Ninguém está isento do pecado, dos desvios, das fraquezas, dos condicionamentos, dos erros e até da distância para com nosso Criador, gerando o pecado original; mas partindo desses erros e dessa luta na transformação do ser, alcançaremos a Deus e estabeleceremos a paz. Alcançaremos a santidade em vida.
“Paz que a gente constrói na fidelidade, na perseverança, na renúncia, na compreensão, no bem querer... E que milhões de indivíduos pagariam milhões, todo dinheiro que têm, para fluírem um pouco do que tanto procuram e tanto necessitam: a Paz”.

13 de mai. de 2013

O JEITO DE JESUS DE CONQUISTAR O MUNDO

O Senhor é misericordioso e compassivo, lento para a cólera e rico em bondade. Não estará em demanda para sempre, e não dura eternamente sua ira. Não nos trata conforme nossos pecados, não nos castiga conforme nossas culpas. Pois quanto é alto o céu sobre a terra, tanto prevalece sua bondade para com os que temem. Quanto é distante o oriente do ocidente, tanto ele afasta de nós nossas culpas. (Sl 103,8-12)
Quem reza pergunta: “O que devo fazer por Cristo?”. Cristo fala minha vontade toda será para Deus. Portanto, quem quiser vir comigo há de contentar-se com imitar-me no comer, no beber, no vestir, e assim por diante. Do mesmo modo há de trabalhar comigo de dia e vigiar comigo de noite, afim de que tenha depois parte comigo na vitória como teve nos trabalhos.
Definitivamente Jesus não se parece nem com os Césares nem com os Heródes desse mundo “dos inimigos”. Estes inimigos são os ídolos do egoísmo, do poder, do prazer e do dinheiro. Ele tem um jeito divino, novo e surpreendente de salvar, julgar, corrigir e consertar!. Compreender está diferença é a nossa Boa nova.
Vemos o olhar da Trindade sobre o mundo, onde há tanta gente em situações tão diversas e em até grande luta e até perdição. Tantas vezes ficamos paralisados na descrença do “Deus não existe, porque se Deus existisse seria bom e não poderia permitir tanta desgraça e tanto sofrimento.
Nas suas entranhas de misericórdia (Lc 1,78), a Santíssima Trindade decide: “Façamos a redenção do gênero humano”. Conhecendo a nossa perigosa situação – quando matamos, ferimos – Pessoas Divinas realizam a Santíssima Encarnação. Então, a Segunda pessoa, o Filho Eterno do Pai Eterno, assume nossa condição humana e mortal (Fl 2,6-7), insere-se na nossa história (Lc 2,1-3), para que tenhamos vida, e vida em abundância (Jo 10,10). O jeito do Rei de conquistar é achegando-se a nós para que o possamos amar. E o seu Reino é de justiça, amor e paz.
O Espírito que habita em nós – em mim igualmente (Rm 8,9) – é quem dá forças para praticar o bem e ir mais adiante...Também Jesus nos disse: “Vocês farão obras maiores do que as que Eu fiz” (Jo 14,12).
Servindo à implantação do seu Reino, serviremos, seguiremos e imitaremos o Nosso Senhor.
Lembrete:
Se ouve barulhos, não se importe. Acolha-os como o que são: sinais de vida. Ora, e ele é o Senhor da vida... o silêncio que importa é o que o nome do Senhor vai criando em seu interior...