16 de out. de 2012

PELA FÉ

“Isaac aparece como um reflexo do Pai eterno que nos deu seu único Filho, pregado na cruz por seu amor até o fim” (Jo 13,1)!
O “ciclo” de Isaac é “fraco”. Suas lembranças ou estão ligadas ainda ao grande vulto de Abraão, ou estão já misturadas às histórias de Jacó, ou parecem apenas reflexos de narrativas do “tempo de Abraão” (Gn 26). Os redatores do Livro de Gênesis só contaram com memórias fugidas para tratar do patriarca. Muito mais tarde, o autor do Eclesiástico, num poema em que faz o elogio dos antepassados, apenas menciona Issac (Eclo 44,22). Já São Paulo vê em Isaac, descendente biólogo de Abraão, e “filho da promessa” divina, uma imagem anunciando o povo de Deus pela fé entre os “gentios”, os não judeus. Na Carta aos Hebreus, lemos: “Pela fé, (Abraão) morou debaixo de tendas com Isaac e Jacó, herdeiros da mesma promessa de Deus... Foi também pela fé que Sara, embora estéril, recebeu o poder de ter um filho... Foi pela fé que Abraão, submetido à prova, ofereceu Isaac em sacrifício. Era seu filho único, oferecia aquele que era o depositário da promessa. Deus lhe havia dito: “É pela linha de Isaac que terás uma descendência. Pensava, na verdade, que Deus tem o poder até de ressuscitar alguém dos mortos. Por isso é que ele recuperou seu filho, o que é um fato simbólico” (Hb 11,9-19). Assim o “apagado” Isaac aparece como um reflexo do Pai eterno que nos deu seu único Filho, pregado na cruz por seu amor até o fim (Jo 13,1)!
Vejamos bem que as normas de ação e os valores de julgar de Jesus Cristo são tão diferentes dos demais, que estes parecem ser iguais entre si ao compará-los com os dele. Assim, ponha-se a trabalhar, com ajuda de Deus, perguntando-se que valores movem o mundo ao seu redor, que normas utiliza para julgar e que valores e normas Jesus utiliza.
Imagine Jesus guiando seus amigos. Qual é sua maneira de mandar? Diz a verdade para eles? Que gestos usa quando envia alguém para uma missão? Que tom de voz? Ele declara ser Rei. Que classe de Rei?
Eu vim glorificar meu Pai e fazer a sua vontade. Nasceste de novo no reino com o mesmo fim. És a semente da minha vida, morte e ressurreição. Eu não tive filhos naturais, mas pela atividade de minha alma eu te fiz nascer e tu me pertences. És parte, nesta geração, da posteridade de Abraão, pois eu te enxertei nela para um novo nascimento.
Eu te chamo agora a declarar a tua geração aquilo que eu fiz, para que uma nova geração possa Me louvar, Me adorar e se levantar para Me servir.
Lembrete:
Observe que ele explícita e publicamente diz aos seus discípulos que eles irão pelo mundo anunciando a Boa Nova. Terão de ajudar sempre aos desprezados, aos pobres, aos encarcerados. Eles haverão de curar e alimentar, vestir e dar abrigo. Eles terão de falar abertamente e convidar a todos a crer e a arrepender-se.
Não exterminaram os povos, como o Senhor lhes tinha mandado. Misturaram-se às nações e aprenderam a agir do modo delas. Serviram a seus ídolos, que se tornaram um laço para eles (Sl 106,34-48).

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