22 de out. de 2012

LABÃO

“E ele se tornou riquíssimo, e teve rebanhos em quantidade, servos e servas, camelos e jumentos” (Gn 30,42-43).
Corações insensatos e infiéis, tão mergulhados nos bens terrestres que só sentem gosto pelas coisas materiais! Infelizes deles! No fim, sentirão pesar sobre eles a abjeção e o nada daquilo que amaram!
Ao santos de Deus e os fervorosos amigos de Cristo não deram atenção ao que agrada à natureza nem ao que corresponde à moda. Toda a sua esperança e todo o seu ímpeto aspiravam aos bens eternos. Todo o seu desejo estava voltado para o alto, para o durável e invisível, para evitar que o amor do visível não os mergulhasse na insignificância.
Jacó fez que ia embora, de volta às tendas de Isaac... Labão teve receio de perder a colaboração de tão prestativo genro e, além disso, tão despretensioso, porque pediu como pagamento por um novo período de serviço apenas as crias malhadas dos rebanhos de ovelhas e cabras do amigo sogro! Eram exceções, raridades quase! Conta a Bíblia – e não sei se os zoólogos concordam – que Jacó, bom observador da natureza, teria colocado varas habilmente descascadas, de modo que ficassem listradas diante dos olhos das cabras e ovelhas prenhes, e elas davam um número extra de crias malhadas! E só colocava as varas diante dos animais robustos: “Deste modo, as crias débeis ficavam para Labão e as robustas para Jacó. E ele se tornou riquíssimo, e teve rebanhos em quantidade, servos e servas, camelos e jumentos” (Gn 30,42-43).
Se houvesse um brasileiro por lá, naqueles dias tão distantes, talvez se lembrasse de um ditado que diz: “Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”!
Nós nos vemos cercados de indivíduos que fizeram essa escolha fundamental. Eles não se dividem  entre os amargos e descontentes e os alegres vivendo as duas escolhas. Também encontramos pessoas de todas as vocações vivendo as duas escolhas. Cada um de nós  tem de escolher por si mesmo.
Lembrete:
Os que procuram o poder querem, antes de tudo, controlar suas vidas. Podem querer escolher que tipo de trabalho fazer e se recusar a deixar as necessidades alheias influenciarem sua decisão. Podem arrastar suas famílias pelo país afora por causa de promoções no trabalho, por exemplo, ou simplesmente se recusarem a dedicar esse tempo à educação dos filhos porque trabalham doze ou quatorze horas por dia. Querem ter controle de suas atitudes e opiniões e se recusam a deixar as convicções dos amigos realmente os influenciarem, ou se afastam da doutrina de Deus.
Se quiser uma oração de “repetição”: desejando repetir a oração, o que sempre faz muito bem, pode retomar os pontos que lhe deram consolação, ou insistir nos pontos em que ficou frio ou inquieto, desolado... Pode, também, tomar os pontos que apresenta grande simplicidade.

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