3 de mai. de 2012

“UNÇÃO”
“Maria de Betânia ungiu, segundo São João, os pés de Jesus, numa ceia em Betânia. Gesto de bondade, que o Mestre agradeceu” (Jo 12,1).
As pessoas vão à praia e se “ungem”, “untam” com protetores solares e bronzeadores. Depois há quem se unta com cremes hidratantes. Muitas mães “untam”, “ungem” seus bebês com óleo suave. Os enfermos, tantas vezes, precisam de pomadas para protegê-los de feridas e assaduras. O óleo favorece um toque leve. Maria de Betânia ungiu, segundo São João, os pés de Jesus, numa ceia em Betânia. Gesto de bondade, que o Mestre agradeceu (Jo 12,1).
Jesus nos é apresentado pelo Evangelista numa ceia onde conta com bons amigos e seus queridos discípulos. A ação de Maria, irmã de Marta e de Lázaro, o amigo, é bem vinda para os pés do divino caminhante. Lavar e perfumar os pés era um gesto comum entre os bem educados naqueles tempos de sandálias sem meias e caminhos poeirentos.
Não há barulho em estrépito no lava pés. Nem o perfume que encheu o ambiente fez o mínimo rumor. O ruído aparece na comunicação: Judas reclama. Aquele dinheiro, que poderia ter sido obtido da venda do perfume, e caído na bolsa comum do grupo, de onde ele costumava fazer apropriações indébitas, doeu-lhe no coração mal disposto em relação a Cristo.
A vontade de Deus é nossa paz. Não a paz do silêncio e da morte, mas a tranquila paz de um amor dinâmico e maravilhoso. É isso o que Deus espera sobre a terra.
Observamos que há disposições contrárias nos corações em relação a Jesus, ao Evangelho, ao Reino do Pai. Nos corações bem dispostos, o Espírito Santo se move sem ruído. Está à vontade, em sua casa. Quem faz barulho é o espírito inimigo, Anticristo, pois este é o ladrão (ver Jo 10,8), não conhece a casa e esbarra aqui e ali.
Meditação:
Imagino que Jesus e os discípulos, naquele tempo, não ungiam-se para nadar e pescar como nós fazemos. Os discípulos foram ao mar da Galiléia para pescar quando Jesus ressuscitado se manifestou a eles durante o amanhecer.
Segundo Mateus, Jesus mesmo, na última ceia, havia marcado um encontro com os apóstolos na Galiléia:
“Mas, depois que eu ressuscitar, eu vos precederei na Galiléia” (Mt 26,32). Lá foi a pesca milagrosa.

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