27 de mai. de 2012

NTES DE HERODES

“O mais belo dos filhos do homem” (Sl 45,2).
Procuro dar-me conta de “a que vou”; recordo a matéria e faço a petição de orar bem.
O relato nos faz ver Jesus vindo do palácio de Herodes, que não havia encontrado crime para condenar Jesus; ele se encontra agora, novamente, diante de Pilatos. Depois de o fazer chicotear, Pilatos quer livrar Jesus. Mas o Inocente termina ultrajado como falso rei, trocado por Barrabás e condenado à morte.
Imagino-me na corte de Herodes, que, aborrecido pelo silêncio do prisioneiro, com ares de desprezo e gozação, faz que Jesus receba “um manto esplêndido”. Depois o manda de volta a Pilatos: “Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos, que eram inimigos, fizeram as pazes” (Lc 23,12).
Peço ajuda divina com olhar fixo em Jesus, peço-lhe condoer-me com ele, reconhecendo ser por meus pecados que é entregue e condenado.
Veja Jesus, agora no interrogatório de Pilatos, que, considerando-o inocente, no entanto manda flagelá-lo. Acredita, covardemente, que assim suscitará compaixão do povo e contentará os adversários do Rabi da Galiléia. Substituo também a justiça pelo cálculo “político”?
Não fujo de estar presente à flagelação: os golpes estraçalham “o mais belo dos filhos do homem” (Sl 45,2). E o contemplo reduzido a uma figura cruel: “verme e não homem” (Sl 22,6). Está totalmente impotente diante dos flagelos, que rompem a sua pele e rasgam a carne. Condoendo-me com a sua dor, rezo com lágrimas e súplicas, se o Espírito me der tanto coração. É por mim e por toda a humanidade que padeces tão duramente, Senhor Jesus!
Meditação:
Tempo de se pôr na Presença dele que muda a dispersão em comunhão, a insegurança da dúvida, a dureza da incredulidade naquela fé que caminha “como se visse o invisível” (Hb 11,1). A realidade viva do Ressuscitado faz da vacilação, tristeza e descrença matérias-primas para levantar as “colunas” (Gl 2,9) da “sua” igreja (Mt 16,19). O povo de Deus quer fazer crescer até que venha a ser “a cidade de Deus com os homens”, a brilhante “Jerusalém”, onde se reúnem, afinal, as multidões de todas as cores, vozes, origens (Ap 21 e 22).

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