5 de mai. de 2012

MONTADO EM UM JUMENTINHO

“Eis que teu Rei vem a ti humilde e, montado numa jumenta” (Mt 21,5).
Preparo-me com algum exercício de pacificação que me seja útil. Faço um gesto de carinho, reverência e acolhimento perante a Trindade. Recordo a história do dia de Ramos, relendo o texto.
Compondo o lugar interior da contemplação, como discípulo, vou buscar o jumentinho, para Jesus montar. Não é a montaria dos reis deste mundo. É a montaria dos humildes. Esqueço as minhas expectativas triunfalistas e peço, aqui, a graça de mais conhecer Jesus, para mais amá-lo e melhor segui-lo.
Jesus monta. Estendemos nossas capas. O que eu quero colocar ao seu serviço a esta altura da caminhada?
A multidão forma alas ao longo da estrada para acalmá-lo. Atapetam o chão com seus mantos e folhagens. Agitam ramos de palmeira, sinais de vitória. Todos gritamos: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”. Como meu coração aclama Jesus? Com calor? Com frieza? Rezo conforme sinto.
Reflito: nos momentos de entusiasmo, tenho esquecido o Evangelho e começado a formular propósitos e tomar decisões sem consultar o Espírito? Sem esperar receber “o selo de garantia” de sua consolação espiritual? Vou fazendo como acho ou tenho o cuidado de retirar-me, como Jesus, para consultar o Pai? Procuro Jesus?
Lembrete:
Vamos observar a fantasia do Sol. Jesus é a luz do mundo. Vejo o sol, noto que o espelho está cheio de luz. Emite tanta luz que eu ficaria cego se olhasse diretamente para ele. Então, percebo que a luz é a luz solar. O sol derrama sua luz no espelho, sem reter nada de sua força e seu brilho. O espelho aceita toda a luz do sol que lhe cabe e que pode receber. Não deixa que suas manchas grandes e pequenas tenham importância; são insignificantes comparadas à luz que o espelho aceita. Então o espelho lança de volta para o sol toda a luz que se derrete em seu coração. Não retém nenhuma luz. Tira toda a luz de seu coração.
Em seguida, deixo a fantasia terminar tranquilamente. Digo a Deus meu Criador e Senhor, todas as coisas que vêm do meu coração.
Entro em colóquio com o meu Senhor e Salvador. Concluo rezando o Pai Nosso.

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