14 de mai. de 2012

AMOR

“Deus é amor e quem vive no amos vive em Deus” (1Jo 4,8).
Vamos deduzir o que é amor. Temos muitos enganos quanto ao que chamamos de “amor”. Até dizemos que é amor o que não passa de um brilho rápido, que ofusca por um momento, labareda que queima as nossas “asas” e nos deixa rastejando para a morte.
O amor é realista. Os bons pais sabem que os filhos dão trabalho e até desgostos. Sabem que vão sofrer para criá-los, mas preferem tê-los a não os ter, porque amam. E o amor “paga” toda canseira! Quem, com o Evangelho no coração, contempla Cristo Rei, quem se ofereceu a Ele, no Espírito de Amor, “para o que desse e viesse” tem no amor toda a recompensa. Não desiste do amor, mesmo passando pela agonia. Permanece com o Amado por onde Ele for. Somente teme abandoná-lo, traí-lo, perdê-lo ... Quer ser fiel e leal.
Quando quem ama dá-se conta do que o Amado suporta por seu amor, percebe o seu coração bater grato e contente. Quando percebe o quanto tem sido indiferente a tanto amor, quando se arrepende dos seus adultérios, uso de álcool e outras drogas e ingratidões, então pode fazer o seu pedido, “dor, sentimento e confusão, porque, por meus pecados, o Senhor vai a sua Paixão”.
Na força destas descobertas interiores, quem ama quer condoer-se, pois percebe como tem sido frio e inerte diante do amor do Coração de Cristo. É como um filho ou um marido que finalmente, vê, muito tarde, com que amor foi amado, todo o amor que passou por ele, enquanto ele se mantinha descuidado, desinteressado.
Lembrete:
Na medida em que vou recordando os acontecimentos, componho-me nos lugares onde eles se sucederam: Getsêmani, o pretório, o calvário.
Peço então o que quero: quero afligir-me com os sofrimentos e a morte de Jesus. Quero estar triste, e até chorar. Manifesto a Deus que quero trabalhar para isto, seriamente, ainda que me seja difícil.

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