23 de mai. de 2012

DIVINDADE SE ESCONDE

“Tudo perdoa, crê, espera, sofre” (1Cor 13,7).
Vejamos: o poder de Deus é diferente de como nós o imaginamos e de como gostaríamos de impor também a Ele. Neste mundo, Deus não entra em concorrência com as formas terrenas de poder. Não contrapõe as suas divisões a outras divisões. Deus não envia em socorro Jesus, no monte das Oliveiras, doze legiões de anjos (26,53).
Deus contrapõe ao poder prepotente e inútil deste mundo o poder desarmado e eficaz do amor, que na Cruz e depois – sempre de novo no decorrer da história – “tudo perdoa, crê, espera, sofre” (1Cor 13,7).
A caridade constitui a novidade divina que resiste à injustiça e instaura o Reino de Deus.
Contemplamos a Paixão de Cristo e sugerimos dois pontos específicos:
1° Que consideremos “como Cristo Nosso Senhor padece na humanidade ou o que quer padecer, segundo o passo que contemplo. Começo, então, com muito empenho, esforçando-me para condoer-me, entristecer-me e chorar”.
2° Que consideremos “como a divindade se esconde: poderia destruir seus inimigos e não o faz, e deixa padecer tão cruelmente sua sacratíssima humanidade”.
Deus é diferente, é isto que agora reconhecemos. E isto significa que nós, cristãos e cristãs, precisamos nos deixar fazer diferentes, vivendo o “estilo” de Deus.
Meditação:
E reflito sobre mim mesmo para tirar algum proveito.
Observo atentamente,  que Jesus poderia ter-se retraído à sua natureza divina. Ele poderia ter bloqueado as torturas psicológicas e físicas pelas quais estava passando sua humanidade permanecendo numa paz e calmas infinitas. Ele poderia ter utilizado seu poder infinito e ter destruído intensamente a seus inimigos ou, ao menos, ter posto fim à sua carnificina. Ele, realmente, não fez nada disso, Ele ocultou sua divindade.

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