25 de mai. de 2012

JESUS QUE PADECE

“De fato vocês vão beber no meu cálice. Quanto aos lugares, um à minha direita e outro à minha esquerda, não me cabe concedê-los, mas são daqueles a quem o meu Pai os destinou” (Mt 20,20-23).
Estamos num mundo onde Deus é cobrado, questionado e negado. “Pintamos e bordamos”, decidimos que Deus é uma crendice perigosa, que a religião causa discórdia e que ela não deve ter espaço num mundo a ser regido apenas pelo que os legisladores e a opinião pública acham melhor num certo momento. Manipulamos. Crime eleitoral se transforma em recursos não declarados. A justiça, sobretudo para o desamparado, é tarda e é falha. E questionamos Deus “Como é que se permite?!”; “Ele não existe!”; “Ele não tem nada a ver com este mundo!”.
O processo contra Jesus se arrasta até nossos dias. E Ele não convoca legiões de anjos, mas manda que os seus seguidores guardem a espada e dêem a outra face. Como entrar em colóquio com o Inocente condenado, verdadeiro Deus e Salvador nosso?
Na sua inocência, Ele nos questiona, com os olhos bons com que questionou Simão Pedro, que tinha acabado de renegá-lo. É a Ele, Servo Sofredor, o Abandonado e o Inocente, que nos dirigimos em oração. Tempo de abrir o coração, de dizer-lhe o que nos aproxima dele e o que nos faz fugir e hesitar no seu seguimento. Tempo de nos deixar tocar pelo seu silêncio e pelos seus gemidos. Pelas suas palavras. Pelo seu amor até. Tempo de rasgar o coração. Tempo de, como ele, falarmos ao Pai do Céu, sem autocensura, sobre tudo o que nos faz duvidar, nos faz hesitar, nos faz descrer. E sobre o amor dos olhos dele, do coração dele, que, sem que saibamos como, continua nos atraindo, perdoando e querendo com amor inacreditável.
Meditação:
O Senhor Jesus mergulhou nestas águas fundas, onde o ser humano perde o pé e sente a alma sufocada. Seu mergulho foi tão autentico e encarnado que suou sangue.  
Tempo de olhar os olhos dele, de contemplar a sua face ensangüentada pela nossa obra! Tempo de amar! Tempo de colóquio de oração mais profunda de silêncio unido ao silêncio da Vítima dos nossos pecados!

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