“Felizes os puros de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5,8)
As Escrituras ensinam que “o conhecimento do mal não é sabedoria” (Eclo 19,22). Ensinam também que só “os puros de coração verão a Deus” (Mt 5,8). Assim, não ajuda a entrar em sintonia com o Espírito do Pai e do Filho um tipo de “exame” que seja a procura de tudo o que você fez de errado, falho, pecaminoso. Também não leva a nada querer viver o Evangelho, afeiçoar-se e configurar-se a Jesus Cristo sem purificação do coração.
Verdadeiramente grande, é o que tem um grande amor. Verdadeiramente grande é aquele que se considera pequeno e considera um nada à maior das honras. Verdadeiramente prudente é aquele que considera lixo todas as coisas da terra, a fim de ganhar a Cristo (Fl 3,8). Verdadeiramente sábio é o que faz a vontade de Deus e renuncia a sua.
Não “cisca o lixo”, mas “garimpa os diamantes”. Só então pede graça para conhecer os pecados e rejeitá-los, e neste clima de segurança e claridade começa “a pedir contas a você mesmo, repassando o período desde o momento de se levantar até o momento presente ... Havendo faltas, então peça perdão e se proponha a emendar-se, com a graça de Deus. Aí reze, gostosamente, o Pai Nosso.
“Felizes os puros de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5,8)
Rezar, encontrar-se com Deus, sim! Mas, sobretudo, oração de busca, oração para encontrar a vontade de Deus para mim, oração “discernida”. Tornar-se pessoa de discernimento dos seus atos e das suas orações, uma atitude a ser conquistada por meio do exercício persistente e cotidiano da oração de discernimento, o exame. Vou ao Exercício. Repouso o corpo e o espírito. Acolho a presença amorosa de Deus e inicio. Agradeço! Sou filho (a) de Deus. Dou-me conta do carinho do Pai pela minha vida, hoje: vida do corpo e do espírito; benefícios de ordem material e espiritual. Agradeço pelo bom e pelo menos bom que hoje aconteceu comigo, em torno de mim, no mundo. Obrigado, Senhor, Salvador de todos! Que a luz do Espírito venha sobre mim, para que eu possa perceber ainda melhor as dádivas do Senhor, bem como os limites, falhas e resistências no meu modo de agir e reagir.
“Dá o alimento aos que temem, recordando-se sempre da sua aliança”(Sl 111,5)
Ouvir o que tinham dito a Tomé, sem serem acreditados: “Vamos, Senhor!” (Jo 20,25).
Ouvir o que Tomé tinha respondido a eles e repete para si, teimoso e obstinado: “Se eu não vir em sua mãos os furos dos cravos, se eu não enfiar o meu dedo nos furos dos cravos e minha mão na chaga do seu lado, não acredito!”
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