“Faz a estéril moral na sua casa como alegre mãe de filhos” (Sl 113,9).
Preparo o lugar sagrado. Acolho a presença amorosa do Senhor. Procuro sentir-me em comunhão com todos os sons e barulhos ao meu redor, na paz. Convido-os a glorificar, comigo, o Senhor. Pergunto-me: “A que vou e o que quero?”.
“O que vou contemplar?” Recordo como Jesus foi tentado três vezes pelo inimigo nas tentações do deserto.
Jesus não veio para que os anjos o conduzissem na conquista da fama e para ter um grande nome como os poderosos desta terra, mas para dar a conhecer o Nome do Pai, dar-nos o nome de filhos e reconduzir-nos a Ele até sobre seus ombros.
Jesus não veio para possuir, dominar, fazer-se centro, mas para colocar os últimos e mais abandonados no centro. Ele veio para servir, e não para ser servido. Para dar a vida, não para explorá-la.
Reflito e observo, na presença do Absoluto da minha vida. Não seriam as tentações e Jesus as minhas tentações, as tentações dos seis seguidores? Reconheço as minhas fragilidades, pedindo que o Espírito me conceda esta vitória. Procuro ver, com o Mestre, as reais motivações das minhas escolhas e ações. Como, no Espírito de Jesus, tenho resistido e vencido as tentações?
Entro no colóquio com exame, súplica, louvor, agradecimento... Tantas vezes, com amor atuante. Ele me inspirou na caridade de Cristo.
Lembrete:
A misericórdia é a minha grande qualidade. Assim como saíste do meu seio, tens a mesma disposição de coração. Herdaste minha natureza. És misericordioso, e isto faz parte do teu caráter celeste.
Muitas vezes me decepcionaste fazendo o que era errado. No entanto, sempre que vieste a mim, eu te perdoei. Estendi para ti minha mão misericordiosa como o pai do filho pródigo do Evangelho (Lucas 15,20). Jamais te rejeitei nem uma única vez quando vieste em busca de compaixão. Eu te faço graça mesmo quando não me pedes. Quero que sejas assim com os outros.
Podemos, também, pensar na vida de São José. Tomemos a consciência do trabalho e do desapego de São José. Podemos imaginar a perfeição das suas obras.
Não trabalhava em produzir obras de arte, mas em aplainar uma tábua e um madeiro, em serrar um tronco, em servir um cliente, em consertar um móvel; enfim, naqueles afazeres próprios de um carpinteiro.
Outro caráter da vida de José é a obscuridade. Na vida de silêncio e trabalho, José, o operário, combateu, pelo bom exemplo, nossa ambição e nosso orgulho, que consiste na inclinação desregrada que todos nós temos, de ser conhecidos, considerados e honrados.
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