23 de jun. de 2013

SAÍDA DE JESUS

“É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos fiéis” (Sl 116,9-19).
Põe tua alegria no Senhor (Sl 36[37],4)
Vou me recordando do Batismo de Jesus por João Batista nas águas do Jordão.
Mas começarei pela porta da casinha de Nazaré, sentindo o clima de despedida. Jesus, jovem adulto, na força dos seus 30 anos, vai tomar caminho que, descendo ao vale do Jordão, o levará até o lugar onde João Batista acolhe os penitentes e os batiza. Percorro com a imaginação este caminho: é difícil ou fácil? Perigoso ou seguro? Plano ou com ladeiras?
Peço aqui a luz de um conhecimento profundo de Deus, manifestado por Jesus e em Jesus, este Deus que vai tornando visível a sua obra de Salvação do Mundo em Israel.
Entro em contemplação vendo as pessoas, ouvindo-as, dando-me conta das suas atitudes e das minhas reações, rezando o que perceber que desejo ou preciso, conforme for sentindo. Também reflito sobre mim mesmo(a), desejando tirar algum proveito espiritual.
Percebendo o desejo de deter-me, insistindo na súplica, contemplando alguma coisa que me faça bem, soprando alguma chama que fumegue, louvando ou adorando, não quero ter pressa!
Meditação:
Começo unindo-me a Jesus e aos outros peregrinos, rumo ao Jordão. Diante da casinha de Nazaré, assisto à despedida de Jesus e Maria. Empenho-me em perceber como compreendem que a hora de Jesus está chegando; como estremecem interiormente... Sabem o que vai lhes custar! Os olhares dos dois, Mãe e Filho, se cruzam, doloridos, mas esperançosos. Quem sabe posso ter a graça de “ler” dentro dos seus Corações.
Sim, te convoco para a tranqüilidade e a confiança. Quero que acredites no meu amor e na minha bondade. Aquilo que não sabias como me oferecer ou abandonar em minhas mãos, foi tirado por mim mesmo. Quero que, sem carregar nada contigo, entres no repouso de meu amor para ver como te amo, não por causa daquilo que possuis, do que podes fazer ou do que tu és, mas porque eu te criei e resgatei e que és uma pérola preciosa a meus olhos.
 “Trabalha, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, alimento que o Filho do Homem vos dará, pois o Pai o marcou com seu Selo... meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu, porque o Pão de Deus é aquele que desce do céu e dá a vida ao mundo...
Desci do céu não para fazer a minha vontade mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade daquele que me enviou é esta: que eu nada perca do que ele me deu, mas o ressuscite no último dia. Sim, esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.

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