“Só o dom maior da caridade pode nos curar do “complexo de Caim e Abel” (1Cor 12,31).
Não abras teu coração a qualquer um: trata de teus negócios com quem é prudente e temente a Deus. Procura não andar muito com gente jovem e desconhecida. Evita as bajulações os ricos e não desejes aparecer na presença dos grandes. Alia-te aos humildes e simples, às pessoas de oração e de bons costumes, e trata daquilo que pode edificar.
Regressar a uma lembrança desagradável do passado recente: reviver a experiência. Logo colocar-se diante de Cristo crucificado. Sem falar. Só comunicação, sem falar. Relacionar o acontecimento desagradável com Cristo crucificado.
Uma vez, em Paulo Afonso, as pessoas do Movimento Bíblico me perguntaram se Caim e Abel existiram. Tive de responder: “Olhemos em volta! Não só existiram, mas continuam a existir!”. Um grande e santo homem, Dom Luciano Mendes de Almeida, jesuíta, um dia disse que no mundo havia abundância de recursos naturais e humanos, notável ciência e técnica. O que tem estado em falta é a caridade.
Até nas coisas pequenas e, talvez, sobretudo nelas. Contaram-lhe que uma senhora criticava asperamente o Padre, no banco mesmo da Igreja, durante a Missa, porque o padre fazia a homilia sentado. Na verdade, Jesus costumava sentar para falar ao povo: uma vez na barca de Simão Pedro (Lc 5,2), outra vez na encosta da montanha (Mt 5,1). Lembram-se?
A Caridade é a vida da Trindade: Deus é amor. Quem ama permanece em Deus. Quem ama seu irmão, mesmo inimigo, neste permanece o Amor de Deus (cf. 1Jo 4). Só o dom maior da Caridade (1Cor 12, 31-13,13) pode nos curar do “complexo de Caim e Abel”. A Caridade é um ato de amor.
Mateus (26,39) e Lucas (22,22) não guardaram o termo aramaico quando Jesus se dirigia ao Pai, “ABBA!”. É um registro próprio de Marcos. É comovente ver Jesus se dirigindo ao Pai com a linguagem das crianças de sua gente. Com efeito, “ABBA!” é o termo usado pelas crianças. Equivale a “Papai!”, “Painho!”, “meu Pai!”, “Paizinho!”... Quase afundando em angústia, pois captava em sua carne toda a carga de mal e perversão que causa a tragédia humana, Jesus invoca amorosamente a Deus com a toda a intimidade e ternura.”ABBA!”
Não há dúvidas de que “Abba!” é, certamente, uma palavra do próprio Jesus. (8,15) e aos Gálatas (4,6).
Meditação:
“Na Cruz estava oculta a Divindade, mas aqui também se esconde a Humanidade: creio em ambas e peço, como o bom ladrão, lembra-Te de mim no Teu Reino!
Não vejo as chagas, como as viu Tomé, e, contudo, Te reconheço, Senhor meu e Deus meu: dá-me crer sempre em Ti, maior esperança, mais forte amor!...
Jesus, a quem oculto agora vejo, dá-me, peço, o que tanto aspiro: face a face, já sem véus, na glória contemplar-te eternamente!”.
(do hino “Adoro te devote” [“Com devoção], de santo Tomás de Aquino, no séc. XIII)
Não abras teu coração a qualquer um: trata de teus negócios com quem é prudente e temente a Deus. Procura não andar muito com gente jovem e desconhecida. Evita as bajulações os ricos e não desejes aparecer na presença dos grandes. Alia-te aos humildes e simples, às pessoas de oração e de bons costumes, e trata daquilo que pode edificar.
Regressar a uma lembrança desagradável do passado recente: reviver a experiência. Logo colocar-se diante de Cristo crucificado. Sem falar. Só comunicação, sem falar. Relacionar o acontecimento desagradável com Cristo crucificado.
Uma vez, em Paulo Afonso, as pessoas do Movimento Bíblico me perguntaram se Caim e Abel existiram. Tive de responder: “Olhemos em volta! Não só existiram, mas continuam a existir!”. Um grande e santo homem, Dom Luciano Mendes de Almeida, jesuíta, um dia disse que no mundo havia abundância de recursos naturais e humanos, notável ciência e técnica. O que tem estado em falta é a caridade.
Até nas coisas pequenas e, talvez, sobretudo nelas. Contaram-lhe que uma senhora criticava asperamente o Padre, no banco mesmo da Igreja, durante a Missa, porque o padre fazia a homilia sentado. Na verdade, Jesus costumava sentar para falar ao povo: uma vez na barca de Simão Pedro (Lc 5,2), outra vez na encosta da montanha (Mt 5,1). Lembram-se?
A Caridade é a vida da Trindade: Deus é amor. Quem ama permanece em Deus. Quem ama seu irmão, mesmo inimigo, neste permanece o Amor de Deus (cf. 1Jo 4). Só o dom maior da Caridade (1Cor 12, 31-13,13) pode nos curar do “complexo de Caim e Abel”. A Caridade é um ato de amor.
Mateus (26,39) e Lucas (22,22) não guardaram o termo aramaico quando Jesus se dirigia ao Pai, “ABBA!”. É um registro próprio de Marcos. É comovente ver Jesus se dirigindo ao Pai com a linguagem das crianças de sua gente. Com efeito, “ABBA!” é o termo usado pelas crianças. Equivale a “Papai!”, “Painho!”, “meu Pai!”, “Paizinho!”... Quase afundando em angústia, pois captava em sua carne toda a carga de mal e perversão que causa a tragédia humana, Jesus invoca amorosamente a Deus com a toda a intimidade e ternura.”ABBA!”
Não há dúvidas de que “Abba!” é, certamente, uma palavra do próprio Jesus. (8,15) e aos Gálatas (4,6).
Meditação:
“Na Cruz estava oculta a Divindade, mas aqui também se esconde a Humanidade: creio em ambas e peço, como o bom ladrão, lembra-Te de mim no Teu Reino!
Não vejo as chagas, como as viu Tomé, e, contudo, Te reconheço, Senhor meu e Deus meu: dá-me crer sempre em Ti, maior esperança, mais forte amor!...
Jesus, a quem oculto agora vejo, dá-me, peço, o que tanto aspiro: face a face, já sem véus, na glória contemplar-te eternamente!”.
(do hino “Adoro te devote” [“Com devoção], de santo Tomás de Aquino, no séc. XIII)
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