Devemos sempre desejar que o nosso último fim seja louvar, reverenciar e servir a Deus e ao nosso irmão. Nunca vamos desviar nosso fim por nenhum prazer humano, como o rio que vai sempre caminhando para o mar, que é o seu fim. Passando por margens amenas e campinas floridas, o rio não se detém com essa amenidade; sempre dizendo com o seu murmúrio: Para o mar! Para o mar!
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Se passar no meio de suntuosas cidades, não somente se põe a admirar-lhes as belezas, mas vai sempre dizendo: Para o mar! Para o mar! Da mesma maneira, o homem deve caminhar para seu fim último. Se o mundo o quiser deter com suas honras, deverá dizer: Não são estas honras o meu fim! Para Deus! Para Deus! Se a natureza corrompida reclamar os gozos ilícitos dos sentidos: não é este o meu fim! Para Deus! Para Deus!
Se passar no meio de suntuosas cidades, não somente se põe a admirar-lhes as belezas, mas vai sempre dizendo: Para o mar! Para o mar! Da mesma maneira, o homem deve caminhar para seu fim último. Se o mundo o quiser deter com suas honras, deverá dizer: Não são estas honras o meu fim! Para Deus! Para Deus! Se a natureza corrompida reclamar os gozos ilícitos dos sentidos: não é este o meu fim! Para Deus! Para Deus!
Há cem anos, e talvez há muito menos tempo, não existíamos. Agora, existimos e estamos no mundo. Daqui a algum tempo e, talvez muito em breve, deixaremos de existir.
Deus pensou em mim e me predestinou para a vida, dispondo as condições e circunstâncias em que devia aparecer neste mundo, e as graças que pensava dar-me para me levar à bem-aventurança, à alegria e à felicidade.
Deus formou, pois, o homem com o barro da terra, e inspirou-lhe na face o espírito de vida. “Ele insuflou nas suas narinas o hálito da vida” (Gn 2,7). E o que fez Deus no princípio, criando o homem, o faz constantemente, e o fez também comigo. Formou o meu corpo no ventre materno e insuflou-lhe o espírito da vida, que é a minha pessoa imortal.
Era menos que o pó, que o vento dissipa; menos que um átomo perdido nos espaços; menos que um grão de areia nas praias oceânicas. Foi preciso todo o poder de Deus para me fazer sair de minha absoluta impotência e para vencer o abismo que se interpunha entre meu nada e meu ser.
Tudo o que sou, eu o sou em Deus. Mesmo desenvolvendo minhas faculdades, elevando-me de perfeição em perfeição, alargando a esfera de minha atividade e de meu poder, nem por isso deixo de ser criatura e de pertencer, totalmente, a Deus. “Pois é Nele que nós temos a vida, o movimento e o ser” (AT 17,28).
E qual o motivo dessa preferência? – O amor. É Deus mesmo que o diz: Eu te amo com um amor de eternidade (Jr 31,3).
Um homem sentado ficava imóvel, durante horas a fio na igreja. Um dia, um padre lhe perguntou sobre o que Deus lhe falava. “–Deus não fala. Apenas ouve”, foi a resposta. “–Bem, então sobre que você fala com ele?” “–Eu também não falo. Apenas ouço.”
Na meditação compreenderemos estas idéias!
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