ESCRITO PELO PE.RANIERI
Primeiro porque fé não é só “religião”. Aliás, em alguns casos, a pessoa tem religião, mas não tem fé. A fé ajuda o casal. É terrível “dormir com o inimigo”, com alguém com quem o parceiro “não põe fé”. Ou votar, fazer negócios em quem a gente não pode confiar!
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Claro, a fé não é conhecimento matemático, abstrato, restrito. A física e a química lidando com realidades concretas, são obrigadas a admitir cálculo das probabilidades e teoria dos erros. E dizia um sábio professor de química a seus alunos: as fórmulas só funcionam exatamente nos livros, porque na realidade nem sempre se observam “as condições normais de temperatura e pressão”, aquele “pozinho” está com a validade quase vencida... E os grandes físicos e químicos “botaram fé” em algumas intuições, que se transformaram em hipóteses, experimentaram, errando e acertando, até formular uma nova lei ou teoria.
Quando chegamos à medicina, então a fé se faz “artigo de primeira necessidade”. Um dos fracassos dos sistemas modernos de saúde é que somos obrigados a ir nos tratar com médicos nos quais não temos porque “ter fé”! E porque teríamos? Nunca os vimos mais gordos nem mais magros!
Logo, a fé humaniza os relacionamentos, permite avanços científicos, sendo um modo de conhecer complexo, delicado e necessário, tocando realidades cada vez mais concretas, até encontrar o futuro. Quem tem fé no futuro, no “além”, como os espíritas dizem, tem toda razão em ser testemunha da esperança. Tendo fé, não é um desanimado, um desesperado, mas um esperançoso diante do limite da duração da vida. Assim uma pessoa de fé goza da esperança, amplia sua compreensão do sentido da vida, tem mais facilidade em perdoar, escapa dos ataques de desânimo enfim, cresce como ser humano.
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