21 de fev. de 2011

NEURÓTICO

Estavam acostumados a convidar a piedosa tia a acompanhá-los ao piquenique, todos os anos. Este ano, esqueceram. Quando o convite chegou à última hora, ela disse: -“Agora é tarde demais. Já rezei para chover”.
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A maneira com que nós pensamos é a chave de nossa conduta, de nossos humores, de nossos estados de ânimo e de nossa aparência no trato com os outros. Somos seres racionais e queremos, sem dúvida, nosso próprio bem e o das pessoas com quem convivemos. Não obstante, freqüentemente nos encontramos em situações nas quais nós mesmos nos espantamos diante da torpeza ou até mesmo da maldade oculta de nossas ações, que prejudicam; em vez de fazer o bem, entristecendo-nos, em vez de causar alegria a nós e aos outros. Ouvi falar: “Neurótico é um ser inteligente que age de maneira insensata”. Podemos afirmar que somos todos neuróticos, uma vez que todos nós – sem dúvida, inteligentes, bons e bem-educados – nos portamos, com freqüência alarmante, de forma estúpida, e que depois somos os primeiros a lamentar e os últimos a saber explicar. Porque terei feito isso? Como pude dizer-lhe uma coisa dessas? Em que estava pensando? Estou tão louco assim? Completamente louco não, mas neurótico de vez em quando, sim. Por essa razão, convém refletir um pouco nas causas dessa conduta desconcertante e nos remédios que temos a nosso dispor.
Milton expressou: “A mente é mistério eterno, e na força de seu poder, de inferno, pode fazer céu. E do céu, horrendo inferno”. Será que algum dia interromperemos os esforços que fazemos para queimar o fogo, molhar a água e acrescentar colorido à rosa?
Mudamos emocionalmente por causa do cansaço, dor de cabeça, infelicidades nos acontecimentos, ciúmes, inveja, raiva, e muitos outros sentimentos e sintomas negativos. A resposta é espiritualidade: cair nas mãos da Divina Majestade.
O poeta escreve: “Ouça! Escute o canto do pássaro, o vento nas árvores, o bramir do oceano; olhe para uma árvore, uma folha que cai, uma flor como se fosse a primeira vez. Poderá, de repente, entrar em contato com a Realidade, com aquele Paraíso do qual nós, tendo caído desde a infância, estamos excluídos por nosso conhecimento.
Diz o místico indiano Saraha: -“Conheço o gosto deste privilégio, que é a ausência de Conhecimento”.

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