27 de dez. de 2010

DESPERTAR

   Num antigo Mosteiro do Egito, um monge feliz e gordo dava uma grande gargalhada ao levantar-se diariamente. Ao deitar-se também dava uma tremenda gargalhada. Os outros monges há muito queriam saber o porquê dela. O monge nunca se explicou. Morreu. Os amigos pensavam em muitas razões daquilo, porém nunca souberam ao certo. Em muitas ocasiões na vida nossos amigos não têm respostas para o porquê de muitas coisas. A razão do porquê de nunca despertarmos não é tão complicada. Nós dormimos na vida porque nunca “entendemos” o que é a vida, e deixamos que outros nos programem.
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     Espiritualidade quer dizer despertar, abrir os olhos, acordar. Muitas pessoas sem entender nada, estão “dormindo”. Nasceram dormindo, vivem dormindo, se casam dormindo, têm filhos dormindo. Morrem sem ter em nenhum dia aberto os seus olhos. Nunca observam a beleza da existência humana. Respiram sem viver.
    O pai de Jaime falou-lhe: “Levante-se!”. Jaime respondeu: “Não quero me levantar, papai.”. “Levante-se porque tem que ir para a escola.” “Não quero ir à escola.” “Por quê?”. “Pai, eu dou três razões para não ir à escola: primeiro, é que fico aborrecido; segundo, odeio a escola; e terceiro, os alunos não gostam de mim.”
   O pai respondeu: “Eu dou três razões porque você deve ir à escola: primeiro, é seu dever; segundo, você tem 45 anos; e terceiro você é o Diretor. Levante-se agora mesmo!”.
    Muitas pessoas não desejam levantar-se, não querem ficar alertas. Temos uma expressão: “Estou numa fossa!”. Não queremos que nossos amigos façam uma onda, para que a água suja não entre em nossas narinas. Queremos ficar na fossa. Um exemplo é o alcoólatra. Ele sabe que está numa fossa e entende as conseqüências, porém quer continuar a beber.
    Nós que atuamos com dependentes químicos, contra a violência, contra as injustiças e, positivamente, no apostolado do serviço da fé e da promoção da Justiça Social, para construir o Reino de Deus, temos dificuldades porque o povo quer dormir e não quer despertar-se. Quer ficar na fossa.
    Embora alertemos nossos amigos, temos que manter nossa paz. Perdendo nosso equilíbrio criamos dois problemas: a dificuldade de nossos companheiros e a adição do nosso problema emocional.
    O dever do professor, ou instrutor, é ensinar corretamente as idéias. Não deve forçá-las. Deus deixa a chuva cair tanto nos bons e nos maus. A chuva é sempre a mesma: causa o crescimento de espinhos nos campos e flores nos jardins. A Providência Divina finalmente retifica tudo.
    Ao menos nós mesmos devemos abrir nossos olhos e ficar fora da fossa. Quando nós estamos perturbados, temos um problema emocional e assim não podemos servir os outros.

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