6 de dez. de 2010

APRENDIZADO

    “Eu desejo aprender... Pode ensinar-me?” – “Não creio que você saiba aprender”, o Mestre respondeu. “Então me ensine a aprender e não tem que me ensinar mais!”
    O Mestre disse: “Todo ensino só começa a acontecer quando se começa a aprender; mas o aprendizado só acontece quando se ensina alguma coisa a si mesmo”. Vamos aprender como viver no amor com os outros.
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   Tarde da noite, um pobre lavrador no caminho de volta do mercado viu-se sem o livro de orações. A roda da carroça tinha se soltado justo no meio da floresta e ele estava aflito porque o dia ia se acabar sem que tivesse feito suas orações.
   Por isso, esta é a oração que fez: “Fiz uma coisa muito imprudente, Senhor. Esta manhã saí de casa sem meu livro de orações e minha memória é tal que não consigo dizer uma única oração sem ele. Por isso, eis o que vou fazer: recitarei cinco vezes o alfabeto, bem devagar e o Senhor, que conhece todas as orações, poderá juntar as letras para formar as orações que não consigo lembrar”.
   E o Senhor disse a seus anjos: “De todas as orações que ouvi hoje, esse foi, sem dúvida, a melhor, porque veio de um coração simples e sincero”. Com este tipo de coração, podemos também amar todos sem pensar na sua cultura e aprendizado.

  Vivemos num mundo de muitas religiões e culturas. A erosão da crenças tradicionais e a tendência para homogeneizar as culturas fortaleceram diversas formas de fundamentalismo religioso. Alguns usam cada vez mais a fé em Deus para dividir povos e comunidades e para provocar polarizações e tensões que quebram os fundamentos da nossa vida social. Todas estas mudanças nos convidam a ir às fronteiras da cultura e da religião. Precisamos dar alento e apoiar aqueles que colaboram ativamente na vida social e estão envolvidos, ativamente, no diálogo humano do amor. Devemos escutar cuidadosamente toda gente e construir pontes que liguem os indivíduos e as comunidades de boa vontade. Este é o aprendizado.

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