21 de nov. de 2010

A TERRA É MINHA

Para sobreviver, uma igreja precisa levantar dinheiro. Certa vez havia um templo onde não passavam a bandeja como fazem nas igrejas cristãs. A forma de arrecadar dinheiro era vender ingressos para assentos reservados, nos dias santos solenes, pois era quando a congregação era maior e as pessoas mais generosas.
Em um desses dias santos, um garoto veio ao templo à procura do pai, mas os porteiros não queriam deixá-lo entrar porque ele não tinha ingresso.
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“-Olhem” disse o jovem. “Este é um assunto muito importante.”
“-É isso o que todos dizem” disse o porteiro, impassível.
O garoto ficou desesperado e começou a implorar: “-Por favor, senhor, deixe-me entrar. É uma questão de vida ou morte, só me demorarei um minuto.”
O porteiro cedeu: “- Está bem, se é tão importante... - disse. - “Mas que eu não o apanhe rezando.”
Que pena que a religião organizada tenha suas limitações.
O homem vem de Deus e vai para Deus. O homem, porém, não vive sozinho na terra; rodeiam-no muitas outras criaturas sem as quais não pode viver. Depois de entender nosso próprio destino e origem, cabe-nos perguntar “Qual é a origem, qual é o fim das outras criaturas?”.  Santo Inácio escreve: As outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, para que o ajudem a alcançar a sua felicidade e salvação para que é criado. Donde se segue que há de usar delas tanto quanto o ajudem a atingir o seu fim, e há de privar-se delas tanto quanto dele o afastem.
Todas as criaturas foram criadas por Deus; assim o provam a razão e a fé! “No principio, criou Deus o céu e terra”, lê-se no Gênesis. As criaturas são, pois, de Deus; não há poder humano que possa dar o ser a menor delas. Consulte o mais eminente botânico do mundo, e peca-lhe que faca, uma arvore gigantesca, ou uma florzinha rasteira e singela, que cresce no campo. Nem o  zoólogo pode criar um leão ou uma baleia, ou um inseto. Todos os astrônomos não podem produzir uma estrela de pequena grandeza, ou mesmo um meteoro ou um átomo perdido no mundo das nebulosas.
Estão clamando que são de Deus os peixes dos mares, os animais da terra e as aves do céu. Estão  clamando que são de Deus os montes coroados de eternas neves, os rios com suas cataratas, as fontes rebentando ao sopé das serras. É imperdoável o lavrador que depende dos céus da terra, das chuvas e das neves, e não reconhece o seu Criador.
E o astrônomo que estuda o curso dos planetas; o naturalista que investiga os segredos da
vida; e o teólogo que penetra os mistérios do Espírito Divino Trino e Uno; todos os sábios,
todos os povos e todas as raças, todos os homens, enfim, são imperdoáveis se não reconhece
na natureza o nosso Deus.

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