14 de nov. de 2010

A CANÇÃO DO SAPO

O Mestre era um santo; numa noite foi incomodado pelo coaxar dos sapos. Não conseguia rezar. Sendo um santo, todas as criaturas lhe obedeciam; falou para os sapos: “Calem a boca, estou rezando.” O Mestre ouviu outra voz e pensou: “Talvez Deus estivesse tão contente com o coaxar dos sapos como as canções de seus salmos”. O santo queria saber o porquê. Afinal, da sua janela deu a ordem: “Cantem!” O coaxar dos sapos encheu o espaço com sua sinfonia. O Mestre entendeu e descobriu que se ele parasse de resistir às canções dos sapos, o silêncio da noite se tornaria mais belo. Finalmente, o Mestre ficou em harmonia com
o Universo e entendeu o que quer dizer a palavra rezar.
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 Dizem que rezamos com o coração, porém na atualidade rezamos com o cérebro, o neo-córtex. É o cérebro que faz o homem ajoelhar-se e juntar suas mãos em orações. Controla tanto a vida de piedade quanto a vida de atividade, formando a personalidade. Nós sabemos que ouvimos com os ouvidos, saboreamos com a língua e sentimos com os dedos. Realmente estas estruturas captam as informações e o cérebro comanda a atividade motora.
 A quantidade de informações é muito grande. O cérebro escolhe o que é importante. Não podemos ouvir um CD e ler bem, ao mesmo tempo. O cérebro pode receber glicose, porém foge de bactérias e de substâncias tóxicas. Infelizmente, o cérebro não bloqueia o álcool e outras drogas que destroem uma vida normal.
 Qual é a arquitetura do cérebro? É como as raízes do gramado, porém ser uma raiz tocando o outro. Cada um de nossos 100 bilhões de neurônios se conecta com outros, 60 mil vezes, simultaneamente. Um neurônio capta a energia físico-química de outro a uma velocidade de 300 km/h.
 Os neurônios não se reproduzem como as células do fígado, como as células do sangue ou como as da pele. Perdemos mil neurônios diariamente. Como existe tanta reserva, não temos problemas até chegar a velhice. Com o avanço da idade, há uma diminuição do sentido do olfato, do paladar e, sobretudo, da audição. A memória passa a ter dificuldades. Apesar destes problemas, o cérebro sempre colhe novas histórias. Nossa habilidade de falar, nossa memória e pensamentos, e todas as outras coisas maravilhosas dele não são nada perto do que os cientistas conhecem. Nem começamos a usar nossa potencialidade que é enorme. Para homens, futuramente, daqui uns 100 mil anos, serei tão primitivo quanto um neandertal é para nós.
 O pássaro falou com a lesma: “Não adianta subir na árvore porque não tem fruta lá em cima”. A lesma retrucou: “Não importa, quando eu chegar lá em cima, haverá fruta”. Assim é o futuro de nosso cérebro.

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