29 de nov. de 2010

ALELUIA

Quando a peça “Messias” de Handel foi apresentada em Londres, o rei gostou tanto que durante o “Aleluia”, ficou de pé em respeito silencioso pela beleza do que estava ouvindo.
 Observando isso, todos aqueles que estavam presentes, também ficaram de pé.
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 Desde aquela época, todo mundo fica de pé quando o “Aleluia” está sendo cantado. Não importa qual a disposição ou a qualidade da apresentação. Quanto mais devemos ficar de pé, quando Deus mesmo canta a Sua “Aleluia” criando e vivendo “dentro” de toda a sua criação.
 Consideramos que Deus está presente e “dentro” de todas as criaturas: nos elementos, dando-os o ser, nas plantas o vegetar, nos animais o sentir e no homem o raciocinar. Deus Se nos dá neles. Deus não só nos deu todos os benefícios, mas, repito, que Ele mesmo Se nos dá neles. É ele que nos apresenta o ar que respiramos o raio solar que nos ilumina, as flores que nos encantam, os peixes e as aves que nos nutrem e os frutos saborosos que nos alimentam.
 Se um rei da terra desse um grande presente ao seu súdito, dar-lhe-ia nisso uma prova de amor singular; mas se ele fosse entregar pessoalmente revelaria um amor muito maior. O que apenas se dignaria fazer um homem a respeito de outro homem, Deus o faz de maneira admirável a respeito de cada um de nós. Se examinarmos todas as criaturas, em todas encontramos a Deus, que nos está dando e conservando tudo nosso uso.
 Deus está “dentro” de nós pelos dons da natureza, e nos avigora as faculdades da
memória e da inteligência.
 Deus está em nós pelos dons da graça, fazendo de nosso ser um templo onde habita
constantemente.
 Não é só a voz das criaturas que me convida a amar a Deus: é a voz do próprio Deus que me diz com ternura: “Eu te amo com um amor de eternidade”.
 Se, pois, Deus Nosso Senhor está sempre fazendo-nos bem, se nos impele a amá-Lo, não só com os seus dons, mas também com a sua divina presença, como poderemos deixar de andar unidos a ele com a memória de seus benefícios, com a consideração de sua benevolência e, em especial, com o fogo de um ardentíssimo amor?
 Vivemos com Deus em nosso corpo e em nosso espírito; e devemos unir-nos a Ele, pensar Nele, e amá-Lo e andar sempre na Sua presença.
 Comecemos, desde agora, nesta vida, se queremos continuá-la para sempre no céu. Tenhamos sempre, em todas as nossas obras, os olhos fixos em Deus, recordando sem cessar Sua divina presença “dentro” de nós.

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