13 de nov. de 2010

A AUDIÇÃO

O médico examinou cuidadosamente o paciente e disse: -“Você teve um ataque de pneumonia. É músico, não é?” –“Sim”, retrucou o homem, admirado. –“E toca um instrumento de sopro.” –“Isso mesmo, Como adivinhou?” –“Elementar, meu caro! Existe uma clara distensão nos pulmões e a laringe está inflamada, sem dúvida por causa de grave pressão. Diga-me, que instrumento toca?” –“Acordeão.”
 Os azares da infalibilidade!
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 Gosto muito da música e quando posso, assisto as apresentações de nossos jovens. Para apreciar a audição temos que prestar atenção ao que nós ouvimos, quer dizer, entrar em contato com o presente, viver este segundo, abrir os sentidos, aceitar os sons e a realidade de qualquer barulho sem julgar, condenar ou protestar contra as ondas de som.
 Podemos colaborar na legislação dos barulhos excessivos, a buzina dos automóveis e outros sons desagradáveis. Podemos também procurar a cultura do silêncio e aceitar os fatos da vida para conseguir paz e tranqüilidade.
 Procuramos ouvir o que nós ouvimos com paz e amor. Quando andamos nas ruas, trabalhamos em casa ou na fábrica simplesmente, deixamos passar os sons ao nosso redor. Deixamos os sons entrarem em nossos ouvidos, movimentar-se em nossas cabeças, expandir em nossos corpos e vivermos nas vibrações da sua presença.   Explicarei como:
 Deixe as ondas dos sons penetrarem em paz e tranqüilidade sem procurar a sua origem ou a sua causa e o seu feito. Simplesmente receba o barulho com dignidade e paz. Não analise, não julgue, não se sinta ofendido. O ponto-chave é relaxar. Tenha muita paciência e deixe o mundo externo entrar sem tensão. O dia que aprendermos deixar o barulho externo entrar em nossos ouvidos sem tentar nos proteger e quando nos esquecermos de nossas defesas e aceitarmos os sons, neste dia vamos encontrar muito poucos ruídos que atrapalham nossa vida.
 O importante é deixar os sons abrirem o mundo das sensações ao nosso redor para nos
vivificarmos. Tomamos um banho nas ondas de som, assim como estávamos nadando nas ondas do
mar. Esta lição é muito importante para nós que vivemos numa civilização de barulho.


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