17 de jan. de 2015

COMA VOCÊ MESMO O SEU FRUTO

Continuamos nossas reflexões sobre Santo Inácio de Loyola, fundador dos Jesuítas.

                                                Coma você mesmo o seu fruto

Queixava-se um discípulo a seu mestre:
“Belas histórias o senhor nos conta, mas nunca nos revela o seu destino”.
“Gostaria que alguém lhe desse um fruto, não inteiro e cheiroso, mas já bem mastigado pra você?”
O sentido das coisas, ninguém dá, ninguém o acha pra você, nem o seu Mestre.
 Por causa das guerras e outros conflitos, os franciscanos não deixaram Inácio ficar em Jerusalém.
Inácio falou:
“Já que não podia ficar na Terra Santa, voltei por Chipre a Veneza, de Veneza passei por Ferrara. Havia guerra e fui preso. Suspeitavam que eu fosse um espião. Despiram-me e me examinaram minuciosamente. Mas me tomaram por um idiota, pois não falei nada e não procurei me justificar, deixando tudo nas mãos de Deus. Acabaram me soltando”.

“Fui a Paris com a moçada e retomei os estudos, com o método e a ordem de Paris. Mais tarde, escolhi essa pedagogia de Paris para as escolas e universidade da Companhia da Jesus”,
“Hoje chamam isso de pedagogia inaciana, e é aplicada cada vez mais em muitos lugares. Escolhi esse processo porque experimentei sua validade e percebi que concordava com minhas intuições nos Exercícios. De fato, não é o muito saber que ajuda, mas o sentir  e saborear as coisas. Para isso, a explicação deve ser breve, lançando o aluno na prática, nos exercícios. É ele, exercitando-se com seus colegas e experimentando, o melhor possível, quem aprende. A sala de aula não é para ouvir explanações, mas para exercitar-se também. Tudo com ordem e método”.
“Ah! Nos estudos, como na oração, é sempre necessário repetir o que se descobriu, insistir no que ficou pouco entendido, não desistir no tempo difícil, acreditando que o ânimo e a esperança vão retornar”.
“Outra coisa que aprendi e passo adiante: exercício, também o espiritual, sem correção não tem valor”.

                                                               Lema

Viver é uma arte, uma escola. Arte em que a maturidade é o melhor professor.
Num século no qual tantos agridem, violentam, oprimem e matam, construa a fraternidade, de mãos dadas, com os irmãos de caminhada. Não fique mortalmente triste e revoltado se você não consegue agradar a todos. Nem Cristo conseguiu.

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