18 de set. de 2013

A DOR

Quanto a posições: Quando se está de pé e ora com presteza, não há razão para mudar de posição. Quando uma posição – digamos, sentado no chão – começar a  distraí-lo, mude-a. Você está certo em tentar qualquer posição que lhe ocorrer. O ponto é orar; a posição só faz diferença sob esse aspecto.
No tempo do cativeiro da Babilônia, um sábio de Israel, inspirado pelo Espírito Santo, compôs o Livro do Genesis para que o Resto de Israel não se esquecesse da Aliança com o Senhor (Adonai), o Único Deus. O autor abre o Livro com o Poema da Criação (Gn 1,1-2,4). Ensina que tudo que existe só existe pela Palavra Criadora do Altíssimo: E Deus disse (...) e assim foi! Bonito e verdadeiro refrão, marcando a canção de amor do Pai nosso num tempo de Aliança!
O autor transmite, de um modo narrativo e simpático que qualquer um pode guardar de memória, como o homem e a mulher são obras de Deus, feitos para cultivarem o jardim, isto é, serem felizes colaboradores da obra da Criação. O mal – a negação e ausência do bem – vem da cobiça, da ambição de assumir o lugar de Deus, destruindo com isso a relação de amor e gratidão. Desse modo se perde a qualidade de vida, vida de filhos! Pecado! Que pena! Mas o Senhor, em vez de uma boba tanga de folhas de figueira, dá um agasalho bom e quentinho para os primeiros homens (Gn 2,4-3,24)!
Muitos anos atrás o opróbrio machucou o coração de Jesus, Nosso Salvador, no jardim do Getsêmane.
Eu tive que lutar, com a alma torturada pela angústia, até que o anjo viesse me confortar e me ajudar a aceitar o beijo de traição de meu amigo Judas. Eu estava quase destruído, ninguém teve piedade de mim, nem mesmo os três discípulos mais próximos, aqueles que eu escolhera para me apoiar durante aquela hora de sofrimento. Eles dormiam enquanto eu passava pela agonia; não havia ninguém para me reconfortar.
Como eu estava sozinho, eu não te deixarei jamais só. Estarei sempre a teu lado, sempre a te confortar na hora da “crucificação”. Eu posso com toda razão me identificar com as dores da tua crucificação, até que o bem nasça  desse sofrimento. Com ele virá uma doce paz, um reconforto e uma alegria profunda a teu espírito.
O salmista, na época do Rei Davi, escreveu:
“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Ficas longe apesar do meu grito e das palavras do meu lamento?” (Sl 22).
Depois de mil anos, estas são as mesmas palavras que Jesus pronunciou sobre a Cruz; “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27,46) 

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