“De graça recebestes de graça daí” (Mt 10,8)
Compondo o lugar interior da minha escuta, da minha contemplação, empenho-me em ver Jesus na encosta da montanha das Bem-Aventuranças. Encontro um lugar entre as pessoas.
Peço a ajuda divina de entender de coração os ensinamentos de Jesus; o dom de amá-lo e segui-lo mesmo quando este seguimento apresentar exigências inesperadas.
Jesus se encontra junto à sua gente, aos que estão dispostos a ouvir o Evangelho do Reino. Procuro vê-lo e ouvi-lo atentamente com os meus sentidos interiores e a sabedoria. Ele diz: “Felizes os pobres de espírito... os mansos... os misericordiosos... os que têm fome e sede de justiça... os limpos de coração... os pacíficos... e os que padecem de perseguição...”.
Esta é a proposta régia, vivida pelo próprio Mestre que a anuncia. Esta proposta vivida faz acontecer o Reino de paz e justiça, de partilha e solidariedade, do amor solidário aos sofredores, amor cheio de misericórdia.
“Brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,16), diz o Mestre. É como se dissesse: “de graça recebestes de graça daí” (Mt 10,8)... Dar o melhor de mim... Aprender a servir aos irmãos... Lavar-lhe os pés...
Reflito: “Vivo assim? Invisto com tudo o que sou e o que tenho?”. Talvez seja o tempo de acontecerem humildes súplicas e renovada entrega, crescendo na disponibilidade para as obras do Reino.
O destino dos profetas e nos está mostrado. Numa discussão de Jesus com os fariseus e os doutores da lei, Cristo se refere ao estranho destino das lideranças tão prontas a rejeitar os profetas:
Meditação:
“- Ai de vós que edificais os túmulos dos profetas, enquanto foram os seus pais que os mataram. Assim sois testemunhas e aprovais os atos dos seus pais: eles mataram e vós edificais! Eis por que a Sabedoria de Deus disse: Eu lhes enviarei profetas e apóstolos. Eles perseguirão a alguns deles, a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas que foi derramado desde a criação do mundo, do sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o Santuário.
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