“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes eu quis reunir teus filhos como a galinha recolhe seus pintinhos debaixo das asas, mas tu não o quiseste!” (Lc13,34-35).
Fica difícil! O céu está carregado, o mar não está para peixe e você tem de tomar uma decisão com hora marcada. Claro, você é uma pessoa de oração e quer se decidir não de acordo com algum sentimento do momento, ou com o que simplesmente parece ser mais razoável... Quer agir conforme a vontade de Deus! Só que o Pai se cala, o Filho parece dormir e o Espírito não sopra nada. Isto é: você está numa situação difícil. Tem de tomar posição, falta-lhe a clareza de uma “consolação”, que tanto lhe valeu para eleger um rumo da sua vida.
Fique firme na sua orientação fundamental. De início considerar para que nasceu o ser humano: para louvar a Deus nosso Senhor e servir o nosso irmão e salvar-se. Com este desejo, escolher como meio, bom e correto, a fim de ser ajudado no serviço do Senhor e na própria salvação, Deus.
Esta ligação profunda, amorosa com o Senhor e a sua obra, você pode reavivá-la considerando, por exemplo, o Sermão da Montanha (Mt 5,1-48). Talvez, ajude fixar os três pontos:
- Primeiro ponto, as bem aventuranças! A felicidade está na pobreza, no despojamento, lá de dentro, do espírito do coração (“De que vale a você ganhar o mundo se vier a se perder?” – Mt 16,26).
Jesus que ia sofrer? Lucas nos mostra Jesus contando a parábola dos vinhateiros homicidas, uma verdadeira “história simbólica”, que irritou profundamente as lideranças do povo. Eles tentaram até mesmo matar Jesus, apedrejando-o.
- Contudo, você é agente do Reino. A sua vida tem um propósito evangélico: ajudar o Cristo a dar sal, sabor, qualidade evangélica à existência humana, passar por onde ele passou, do jeito que ele passou.
- Finalmente, orando, considere como o Senhor se mostra: “não como transgressor da lei, mas como seu consumador. Assim declara os preceitos de não matar, não pecar contra a castidade, não perjurar e de amar os inimigos”: “Eu, porém, vos digo que ameis vossos inimigos e façais bem aos que vos detestam” (Lc 6,27).
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