‘Ao longo do caminho ele bebe da torrente, por isso levantará a cabeça” (Sl 110,1-7).
Lembro-me de criar disposições de recolhimento, encontrar um bom lugar, cuidar de achar uma posição corporal que não canse.
Para começar a contemplação evangélica, vejo, com os olhos da imaginação, o povoado de Caná, o local da festa (certamente ao ar livre), os preparativos, a chegada dos convidados. Entre eles, Jesus, Maria, os discípulos e as discípulas (elas certamente estavam ali também – ver Lc 8,1-13; 23,49). Se quiser, não deixarei de sentir os perfumes, cumprimentar e abraçar as pessoas, ouvir as músicas de dança, experimentar o sabor do vinho do milagre...
Pedido de graça: aqui será a de conhecer Jesus pelas suas atividades neste casamento em Canã tão especial e significativo.
- Tomo o meu lugar na festa. Olho ao redor. Observo as pessoas: quem são, de onde vêm, qual a afinidade com Jesus e Maria? Olho com calma para todos.
Procuro ouvir o que Maria, discretamente, diz a Jesus. Deixo que ressoe em mim. Ouço as respostas de Jesus. Observo como Ele age, a sua resposta reveladora e definitiva.
“Deste modo Jesus deu início, em Caná da Galiléia, a seus milagres e revelou a Sua glória, e Seus discípulos creram nele” (Jo 2,11).
Demoro-me diante de Jesus e Maria, com os servidores e discípulos e discípulas... Reflito sobre mim mesmo(a) para tirar algum proveito.
Meditação:
Ó Jesus amável, que me abristes o caminho da perfeita humildade e amor, gravai em meu coração o sentimento de meu nada, que nunca me atreva a faltar à menor de vossas leis, ainda que, para isso, haja de perder a vida e todos os bens da terra, que nunca me ponha a deliberar sobre alguma falta leve; inflamai meu coração em tanto amor vosso, que tudo despreza para só a vós seguir, e seguir-vos no que mais custa à minha natureza, escolhendo a vossa imitação, quando for igual glória de vosso Eterno Pai, antes pobreza que riqueza, antes desprezos que honras, antes trabalhos que descansos, e qualquer gozo do mundo. Esse é meu desejo, e aqui aspiro antes de chegar, mas, como sem vossa ajuda divina nada posso, daí-me, ó Jesus, esta vontade generosa das pessoas que Vos são mais dedicadas, para que também eu siga pelo caminho de vossas humilhações e de vosso amor.
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