2 de jun. de 2011

VIVER CALMAMENTE

O Svetaketu era um dos mais renomados filósofos da Índia antiga. Obteve sua sabedoria desta forma: quando tinha apenas sete anos, seu pai o mandou estudar os Vedas. À força de tenacidade e inteligência o rapaz suplantou todos os colegas e com o tempo, foi considerado o maior especialista nas Escrituras – e isso, quando mal saíra da adolescência.
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Quando voltou para sua casa seu pai quis pôr a sabedoria do filho à prova. Eis a pergunta que lhe fez: -“Aprendeu aquilo cujo aprendizado dispensa que se aprenda qualquer outra coisa? Descobriu aquilo cuja descoberta faz cessar todo sofrimento? Obteve o domínio daquilo que não pode ser ensinado?” -“Não.” Respondeu o Svetaketu. –“Então”, disse o pai. –“Tudo o que aprendeu em todos os seus estudos não tem valor, meu filho.
            O Svetaketu ficou tão impressionado com a verdade das palavras do pai, que descobriu que por meio da respiração, do silêncio e da meditação a sabedoria que não pode ser descrita por palavras. Vamos analisar a respiração de Svetaketu.
            Nosso nariz é o órgão do olfato; e com ele recebemos centenas de sensações. É como a cor e o som; a variedade é sem fim. O nariz é o órgão privilegiado da respiração, é nosso primeiro movimento depois do nascimento. A respiração é importante para a saúde e para todos os tipos de oração. Não escreverei somente sobre a maneira de melhorar nossa respiração, mas para prestar atenção à mesma, acompanhando a sua passagem pelo corpo, assim como prestamos atenção ao que vemos e ouvimos. Devemos sentir a entrada de ar em nossas narinas; sentir onde ele está tocando; notar que nosso pescoço se expande e sentir o movimento dos pulmões enchendo os alvéolos com oxigênio. Depois como gratidão pela expiração dispensamos o ar, aliviando-nos do gás carbônico e ficamos limpos, dando-nos saúde neste mundo maravilhoso.
            Quando tomamos consciência da nossa respiração, praticamos os quatro valores sobre os quais o Buda fala: prevê mal-estar; abandonando-o antes de chegar, gerando saúde e mantendo a mesma.
            É bom sentarmos calmamente e fixar nossa atenção na respiração. Quando relaxamos assim, esquecemos de nossos problemas. Se chegar uma distração, voltamos a atenção outra vez à nossa inspiração e respiração. Este exercício nos ajuda a tomar consciência do momento presente.
            Quando a mente está focalizada na respiração, está livre do desejo, as aversões e de outros apegos. Estes momentos são poderosos porque limpam nossa programação. Quando tomamos consciência de nossa respiração, limpamos nossa mente e avançamos para a libertação.
            O nariz é nosso melhor amigo para aprender como viver.

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