19 de mar. de 2011

O MESTRE SANTO

Ser apegado significa estar amarrado. “Não posso ser feliz sem você, farei tudo para amarrá-lo”. Quanto mais os amantes fazem isso é pior. Acho que Amor significa: “Sou perfeitamente feliz sem você, meu amor. Desejo seu bem e o deixo livre. Quando estou com você estou feliz, e quando não, continuo feliz”.
            Uma fórmula de felicidade é: se não estivesse ocupado ativamente em sentir-se infeliz, você seria feliz. Joãozinho não gosta de cerveja, porém quando é João, o empresário, poderia gostar demais.
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            Os grandes professores, como Jesus e Buda, criaram um mecanismo para clarificar a verdade. A estória. Sabiam que as palavras mais bonitas de uma linguagem são: “era uma vez”. Podemos resistir à verdade, porém é impossível resistir a uma estória.
            Existia um mestre tão bom que até os anjos gostavam de estar com ele. Ele nem sabia que era um santo. Trabalhava como uma flor; nem sabia que exalava uma fragrância. Era um homem completamente desapegado das criaturas. Quando viu um amigo ou inimigo, procurava ver o centro da inocência da pessoa.
            Deus mandou Gabriel para oferecer o dom de curar. Respondeu: É Deus quem cura. Veio Miguel com o dom de converter. Respondeu: Não, porque, seria o centro da atração. Então, o que você quer? A Graça de Deus, replicou. E adicionou que podia pedir um milagre. Eu peço que coisas boas sejam feitas por mim sem eu saber. Deus decretou que a sombra desse Mestre Santo seria um instrumento de curar em todo lugar onde estivesse. Também a Terra ficaria fértil, fontes de água limpa chegariam, e a alegria apareceria nas faces daqueles que tinham problemas.
            O Mestre nunca sabia o que estava acontecendo porque a atenção do povo ficou centrado na sua sombra. Esqueceram que o santo existia. Todas as boas coisas que foram feitas por ele ajudavam todo o mundo mais nunca pensavam no santo que fez tantos milagres.
            Lembro de um amigo meu, Pe. Roberto, de El Paso, Texas, que às quatro horas da manhã abria a igreja para que os mendigos pudessem entrar e ficar quente. Uma meia-noite, um mendigo pediu para entrar. Roberto deixou. Era tão frio que o homem queimou a estátua de São José para se aquecer.
Mais tarde o Padre falou comigo: “É melhor queimar uma estátua do que ter um pobre passando frio.” É desapego.

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