Quando abrimos a APOT, Instituição Padre Haroldo, tentamos usar todos os métodos de formação e educação, não pensando nos custos; procuramos os serviços de profissionais cheios de amor e bondade. Pensamos “Se salvamos um jovem, tudo o que custar e todo o trabalho não é nada”. Um diretor perguntou a outro: -“Não estamos exagerando para curar uma só pessoa?” A diretora respondeu: -“Tudo está justificado se é o meu filho.” Para Deus, cada um de nós é só “o único filho” de Deus.
Consideremos como Deus está nas criaturas: como um “operário” criando e conservando todo o universo para mim.
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Deus, não só está íntima e continuamente presente “dentro” das criaturas e em nosso ser para nos comunicar em pessoa os seus dons, mas trabalha sem cessar, preparando-nos, Ele mesmo, os dons que nos quer oferecer.
Se alguém não se contentasse em oferecer a seu amigo um rico presente, mas o levasse pessoalmente, mostraria nisso um grande amor. Se ele mesmo o preparasse com suas mãos, trabalhando dia e noite, mostraria um amor muito mais perfeito.
Pois isso mesmo faz Deus conosco. Não só nos dá os benefícios, mas, trabalhando como um operário prepara-os com todo o carinho para nos oferecer. Deus está, pois, ativando a luz do Sol para nos iluminar, está fazendo crescer as plantas, amadurecendo os frutos, mantendo a ordem do universo, para que o homem prossiga, sem cuidados por esses bens materiais, sua vida.
Com um concurso, atual e eficaz, opera com as causas das coisas para nos prodigalizar seus benefícios. Trabalha em união com as criaturas para nos prover de todos os meios de subsistência.
Não se contentou Deus, com esse trabalho manual, cansativo, humilde, tolerando todos os tormentos humanos até os sofrimentos da sua paixão e morte na cruz, para nos mostrar a última prova do amor, que é dar a vida pelos amigos.
Se não somos insensíveis devemos confessar que nosso amor não só deve ser um amor de gratidão, um amor de união, mas também um amor de ação, de trabalho e de sacrifício. Vivamos procurando justiça comunitária e social. Lutemos para o bem-estar de todos, sobretudo dos menos privilegiados.
Analisemos a vida de São Paulo. Já o vemos nos cárceres, já carregado de pesadas cadeias de ferro, já apedrejado pelas autoridades, já perseguido de morte pelos outros; e em todos esses trabalhos, Paulo ama a Deus e sente-se feliz por padecer alguma coisa pelo Seu nome. Nas suas viagens, fez coleta para os pobres em Jerusalém.
Quando o amor de Deus se apodera de uma pessoa, desperta nela um desejo insaciável de trabalhar e de se sacrificar pelo Amado; tudo o que Deus deseja é suave e agradável. Quem ama a Deus não se contenta com pouco, quer chegar ao heroísmo, porque o amor não conhece limites e Deus merece tudo.
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