Embora o homem sempre estivesse procurando a verdade, a sua primeira reação à verdade é hostilidade e medo. Jesus, Buda e outros, criaram uma maneira para aliviar esta situação. Descobriram que as palavras mais fortes de uma língua são “Era uma vez...”. Podemos resistir a uma verdade, mas é impossível resistir a uma estória. Um amigo falou: “Se ouvir com cuidado uma estória, nunca será o mesmo. A estória entrará em seu subconsciente e seu coração chegará à verdade.”
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Há muitas maneiras de encontrarmos a iluminação. Uma delas é levarmos uma estória à nossa mente; trabalhará no nosso subconsciente e revelará a nossa percepção. Assim, a verdade aparecerá e chegará a Luz. Ouvindo uma estória estamos fazendo um caminho para a Iluminação.
Cada estória é uma revelação e o mais importante é a revelação sobre si mesmo. Quando ouvimos uma estória devemos procurar entendê-la profundamente, assim como se consultássemos um livro de medicina, para encontrarmos a cura de nossos sintomas.
Miguel buscava muito a verdade. Viajava e falava por todo lugar procurando a verdade. Um dia, Maria falou-lhe que ele estava tratando-a sem delicadeza. Descobriu que Miguel, que tanto procurava a verdade, não tinha interesse na verdade do amor conjugal.
O mundo seria muito melhor, se os peritos e ideólogos tivessem a mesma paixão pela verdade do amor que eles tem para teorias da vida e outros dogmas.
Para entendermos a verdade é necessário prestarmos atenção e observarmos. Um discípulo ficou com seu Mestre por dez anos. Pensou que aprendera tudo e saiu para ensinar a verdade aos seus amigos. Certo dia voltou para visitar o Mestre. Era um dia chuvoso. Foi de sapatos e com guarda-chuva. Quando entrou, o Mestre lhe perguntou: “Você deixou lá fora os seus sapatos? Diga-me agora se você os deixou à esquerda ou à direita de seu guarda-chuva”. O discípulo ficou confuso e sem resposta. Percebeu que não fora capaz de praticar uma Atenção Consciente. Decidiu passar, com o Mestre, outros dez anos até que conseguisse essa Atenção Consciente.
O homem que está sempre atento e consciente é o Mestre da Verdade!
O noivo bateu na porta da noiva. “Quem é?” ela perguntou. “Sou eu”, ele respondeu. Ela falou: “Vá embora”. Após pensar muito, ele bateu outra vez; e ela perguntou: “Quem é?”. O noivo respondeu: “Sou você!”. Ela disse: “Entre”. Quando pensamos que a Verdade e nós somos a mesma coisa, ficamos unidos nesta transparência de amor e na Verdade verdadeira.
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