11 de set. de 2011

QUEM SOU EU?

            Um elefante gozava as delícias de um banho num poço fresquinho da sua floresta, quando um rato chegou e exigiu que o elefante saísse. “─Não saio não”, disse o elefante, “─não me perturbe enquanto me divirto!”. “─ Pois insisto em que saias”, disse o rato. “─ Sair por quê?” perguntou o elefante. “─ Somente te direi quando saíres e deixares o poço”, disse o rato. “─ Pois eu não saio”, então disse o elefante. Mas, de fato saiu, pesadamente, do seu poço, postou-se diante do ratinho e perguntou: “─ Mas por que desejava que eu saísse?”. “─ Só queria saber, disse o ratinho, se estás usando o meu calção de banho.”
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            Pois é mais fácil entrar um elefante dentro do calçãozinho de um rato do que entender quem sou eu. O Mestre fala que a questão mais importante do mundo é quem sou eu.
            O meu amigo celebrando o aniversário de ouro me disse “─ Até agora não entendo a minha esposa”. Adiciono que não conhecemos a nós mesmos. Lembro da estória de um casal de velhos após uma festa, sentados numa cadeira de balanço na varanda. O velho falou “─ Gostei da festa!”. Ela respondeu “─ Nem eu gosto de você”.
            Freqüentemente o papai, a mamãe, a vovó, estão vivendo dentro de nós. Nossos gestos, pensamentos, palavras, sentimentos e crenças são mecânicos; não são nossos. Estamos programados. Vivemos as idéias dos outros. Não temos auto-observação; aceitamos auto-absorção.
            Para melhorarmos nossa vida é necessário observarmos tudo que está acontecendo em nós e ao nosso redor. Pensemos em que está acontecendo como se fossemos outra pessoa. Observemos e tomemos consciência da vida verdadeira, seus fatos e a realidade.
            Nós mesmos temos que mudar. Quando falamos que ele é culpado, devemos lembrar que sou eu o culpado. O mundo está certo, sou eu quem deve ser diferente. Quando apontamos um dedo para o outro, estamos apontando três dedos para nós mesmos.
            Dependemos de outras pessoas, por exemplo, do açougueiro e do padeiro; não dependemos de outro ser humano para termos felicidade. A nossa felicidade deve estar dentro de nós. Estamos felizes quando ouvimos uma sinfonia, uma orquestra que toca uma bela melodia; mas quando a orquestra pára não é o fim da felicidade. Chega outra melodia que também é muito bonita. Há sempre um repertório imenso que nunca para de tocar.
            Embora nunca nos entendamos bem, e, menos ainda, entendemos o outro, podemos ser felizes vivendo a nossa vida e cuidando para que outras pessoas não nos programem. Vivendo honesta e corretamente, e observando os Dez Mandamentos, sempre andaremos na felicidade. Não precisamos nos entender.

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