Amor
Pouco depois, o menino soltou um gritinho de triunfo e entregou à mãe o resultado de seu esforço. A mulher examinou-o, fez um sinal de aprovação e delicadamente pousou o pequeno objeto na saliência da janela ao seu lado. O trem parou e eles saltaram.
Curioso, dei um passo para o lado e peguei aquela coisinha. Era um passarinho (o bico, as asas e a calda elaborados com precioso detalhe), e foi com admiração que o examinei – tão habilidosamente confeccionados pelas mãos de uma criança a partir de um pedaço de papel barato.
Lutando contra a tentação de guardá-lo, recoloquei meu achado à janela do metrô, para que alegrasse outra alma, como alegrara a minha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário