11 de ago. de 2011

SINTONIZAR O SILÊNCIO

            O discípulo perguntou ao Mestre: “─Como posso chegar à Iluminação?”, e o Mestre respondeu: “─Praticando o silêncio.” Silêncio é Iluminação e Iluminação é silêncio. Depois o Mestre continuou: “─Sabe como nós podemos ser úteis para este mundo? Procurando entendê-lo.” “─E que coisas podemos fazer para entendê-lo?” O Mestre disse: “─Retirando-se dele.” “─Como então servir a humanidade?” O Mestre respondeu: “─Procurando entender a si mesmo em silêncio, ajudamos o mundo.
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             Cada ação tem uma reação. Para termos a reação correta é necessário parar a vida ativa, e meditar. Vivendo no silêncio sem ação, a nossa vida ativa passa a ter reações corretas.
            O Mestre se tornará, ainda em vida, um ser quase lendário. Dizem mesmo que o próprio arcanjo Gabriel o consultou um dia: “Eu desejo brincar de esconde-esconde com a humanidade; perguntei aos outros anjos qual o melhor lugar para esconder-me. Uns me disseram que era o mar profundo, mas outros me apontaram as montanhas, com seus picos altos e nevados. Sugeriram também a lua e os astros...” O Mestre então lhe disse: “Meu Senhor, vá se esconder no coração humano! É o último lugar em que alguém no mundo irá procurá-lo.”
            Queremos sintonizar com o silêncio. Ouvimos o silêncio na música das estrelas, e em pequenos sons os quais criam beleza, paz e reflexão. Nós percebemos o silêncio nos sons do campo e nos sons da cidade, em grandes barulhos dos automóveis e nos tons suaves e amáveis das crianças.
            O cosmo é uma grande orquestra. Interiorizando cada nota musical da orquestra cria-se um “estado de maravilha.” Antes de vivermos no silêncio deste “estado de maravilha”, lavamos pratos e dirigimos automóveis de uma maneira. Depois da Iluminação fazemos as mesmas coisas, porém com ação magnífica na contemplação. No silêncio, os ouvidos são instrumentos de felicidade e gozo. Em silêncio captamos a música de todo o Universo com harmonia, como uma sinfonia.
            É muito bom termos passearmos sozinhos ou com amigos no silêncio entre as florestas e campos. Daí percebemos as formas musicais dos rios, das cachoeiras, das fontes e do mar.
Procuremos o “Grande Divino Otorrino”, o Espírito Santo, e peçamos-Lhe que apurem em silêncio os nossos ouvidos.

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