1 de dez. de 2011

O ENFADONHO

Um piedoso velho rezava cinco vezes por dia, enquanto seu sócio nos negócios nunca pusera os pés na igreja. E agora, ao completar 80 anos, rezou assim:
- Oh, Senhor nosso Deus! Desde que eu era jovem, nunca deixei passar um dia sem vir à igreja pela manhã e fazer minhas orações nas cinco ocasiões estipuladas. Nem um único movimento, nem uma decisão, importante ou insignificante, tomei sem primeiro invocar seu Nome. E agora, na velhice, dupliquei meus exercícios piedosos e rezo ao Senhor sem cessar, dia e noite. Contudo, aqui estou eu, pobre como rato de igreja. Mas olhe para meu sócio. Bebe, joga e, mesmo com sua idade avançada, anda em companhia de mulheres de reputação duvidosa, contudo, está nadando na riqueza. Duvido que uma única oração jamais tenha atravessado a barreira de seus lábios. Agora, Senhor, não peço que ele seja punido, pois isso não seria cristão. Mas, por favor, diga-me: por que, por que, por que o Senhor o deixou prosperar e por que me trata desta forma?
Porque - disse Deus em resposta - você é enfadonho demais!
A Regra em um mosteiro não era: "Não fale", mas "Não fale, a menos que posso melhorar o silêncio".
Não poderia o mesmo ser dito a respeito da oração?

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