3 de jul. de 2015

ESPIRITUALIDADE

Espiritualidade

A espiritualidade de Santo Inácio de Loyola é uma espiritualidade deste mundo e radicalmente leiga, que surgiu das experiências dele como um leigo e foi desenvolvida a partir de um olhar direcionado às pessoas ocupadas com as obrigações de cada dia. Tudo começou com as anotações que Inácio fazia sobre as próprias experiências ao escolher os caminhos concretos da sua vocação pessoal. Que rumo tomar na vida, e o seu mundo se abriria para as descobertas em todo o planeta?

A única coisa que ele sentia no início era uma vocação peremptória para encontrar Cristo no mundo e assim viver uma vida santa. Aos poucos, descobriu que alguns materiais e certas formas de oração ajudavam na sua vida com intuito de descobrir, com convicção, que o amor de Deus exigia que ele fizesse. Inácio considerou que esses materiais e essas formas de oração do mesmo modo que os seus contemporâneos, isto é, como “exercícios espirituais”. Ao transmitir aos outros o que tinha ajudado a ele mesmo, aprendeu a tirar ensinamento das variadas experiências das pessoas. Aos poucos, deu forma à experiência espiritual que chamamos de “Exercícios Espirituais” e ao caminho para Deus que chamamos de espiritualidade inaciana, dos Padres Jesuítas e seus companheiros.



Um caminho para Deus

Inácio dava os Exercícios Espirituais a muitas outras pessoas: universitários, membros da nobreza, religiosas e religiosos em conventos e até pessoas sem instrução. Além do seu veemente amor a Jesus Cristo, ele era metódico e se distinguia pela capacidade de fazer anotações. Quando era estudante nas universidades se Salamanca e de Paris, e também quando ajudava as pessoas em Veneza e Roma, organizava as suas anotações de maneira sistemática sob o simples título Exercícios Espirituais. Finalmente, imprimiu o seu texto em 1548, depois de aprovado como ortodoxo pelo Papa. Surgiu, assim, o manual, talvez o mais antigo manual que ainda pode ser usado na sua forma original e que, desde sua impressão, vem sendo usado sem interrupção.

Quando começou a evangelizar as pessoas em praça pública, Inácio aprendeu muito com elas. Tomava sempre muito cuidado para não impor aos outros aquilo que tinha servido para ele mesmo, julgando que tal imposição seria o maior erro que um guia espiritual ou um amigo que poderia cometer. No entanto, entendia com clareza, que revelação feita em Jesus Cristo e transmitia nas Escrituras e no Magistério eclesiástico era guia única e segura para encontrar a Deus.

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